30 setembro 2010

Orçamento da Nasa deve adiar fim de ônibus espaciais

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O ônibus espacial Discovery vai ser o segundo
da frota da Nasa a "se aposentar". (Foto: Arquivo)

O Congresso dos Estados Unidos aprovou, após a última votação na Câmara de Representantes na noite desta quarta-feira (29), o orçamento de 2011 da Nasa (agência espacial americana), que prevê uma verba para o desenvolvimento de voos comerciais e um voo adicional para o programa de ônibus espaciais.

Os congressistas aprovaram o texto por 304 votos contra 118 durante a última série de votações antes do recesso para as eleições legislativas de 2 de novembro.

O Congresso definiu, com o texto de compromisso entre as duas Câmaras e o governo Obama, um novo enfoque para a Nasa para os próximos anos. O orçamento prevê quase o equivalente a R$ 102,3 bilhões (US$ 60 bilhões) até 2013.

O texto, já aprovado no Senado e que será enviado ao presidente Barack Obama para a publicação oficial, inclui o lançamento adicional de um ônibus espacial em 2011, após os dois voos que ainda restam programados.

Também prevê ajudas ao setor privado para o desenvolvimento de foguetes comerciais para colocar astronautas e cargas em órbita.

O orçamento projeta ainda o desenvolvimento de um novo foguete pesado, crucial para o envio de astronautas a um asteroide ou para Marte, mas também para a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

No dia 1º de julho, a Nasa (agência espacial americana) anunciou o adiamento da aposentadoria da frota dos veículos espaciais, que está em funcionamento há mais de duas décadas, para fevereiro de 2011.

No fim de maio, a nave Atlantis fez sua última missão, sendo o primeiro veículo da frota a sair de operação. O ônibus espacial Discovery deve fazer sua última viagem no dia 1° de novembro.

Apesar de protestos de especialistas, os ônibus espaciais norte-americanos serão aposentados por questões de orçamento e custos – em 2003, um acidente com a nave Columbia, que se desintegrou ao entrar na atmosfera da Terra, matou sete astronautas. Em 1986, a Challenger explodiu logo após o lançamento, também matando sete pessoas.

Mas o governo do país ainda não conseguiu definir um programa para a substituição dessas naves – uma das alternativas deve ser o incentivo para que empresas privadas se encarreguem de desenvolver veículos para missões espaciais.

Depois do fim dessas naves, os EUA vão depender das russas Soyuz para levar seus astronautas à estação espacial até que um lançador americano fique pronto, algo que não deve acontecer até 2015.

Fonte: R7.com

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