Caso Varginha - parte 1
O Caso Varginha, considerado
o Caso Roswell brasileiro, é, sem dúvida, o principal caso ufológico ocorrido
em nosso país. Descoberto e pesquisado por um de nossos principais ufólogos,
o advogado Ubirajara Franco Rodrigues, aqui colocaremos os principais
fatos dessa ocorrência que culmina numa inquietante teia de eventos assustadores
e que envolvem, além dos UFOs, as nossas autoridades militares e governamentais.

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Ovni no pasto conforme descrito por Eurico (ilustração) |
Nas primeiras horas do dia 20 de janeiro de 1996,
ainda madrugada, os caseiros Eurico de Freitas e Oralina Augusta de Freitas,
respectivamente de 37 e 40 anos, estavam no sítio à beira da estrada que
liga Varginha à Rodovia Fernão Dias, a BR-381. Por volta da 01:30 horas,
Oralina assistia TV e ouviu o gado, lá fora, correndo e bufando de maneira
incomum. Imediatamente imaginou que algum animal predador ou cobra estaria
envolvido nisso.
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Eurico de Freitas e Oralina |
O gado, que costumava aconchegar-se na estrada
logo após a porteira de entrada, disparou em direção contrária, subindo
pelo pasto, assustado. Oralina abriu a janela e não percebeu qualquer
animal ou alguém que pudesse ter provocado o estouro. Porém, logo percebeu
que algo se movia lentamente, na direção do alto do pasto, para onde o
gado disparara. Esforçando a vista, logo notou que um objeto fosco, cinza,
que parecia ter o formato de um submarino estava voando sobre a área.
Imediatamente, Oralina correu e acordou seu marido, Eurico.
Aquele “submarino voador”, com as dimensões aparentes
de um micro-ônibus, que não emitia qualquer ruído e nem possuía luzes,
se movia lentamente. Os caseiros, que não possuem um telefone para alarme
do proprietário da fazenda, permaneceram observando a passagem na inusitada
nave por cerca de 40 minutos, até que ela transpusesse o morro que barra
o horizonte na direção da cidade. Vale ressaltar que o OVNI não estava
a mais que cinco metros de altura em seu vôo.
Mas havia um detalhe neste avistamento muito interessante:
o objeto soltava alguma espécie de fumaça clara de sua parte frontal.
E saía por um rombo aberto na estranha fuselagem desprovida de asas. Alguns
pedaços do material, ainda presos ao bico, oscilavam como pano ao vento
(tal qual Carlos de Souza no dia 13 de janeiro, o casal avistou um UFO
com aparente avaria no dia 20 – uma semana depois). Permaneceram olhando
até que aquilo transpusesse o morro e, possivelmente, tivesse continuado
por mais alguns quilômetros em direção à cidade de Varginha.
Dia 20 de janeiro de 1996, sábado, logo pela manhã,
algumas crianças e adultos haviam encontrado algo incomum... uma criatura
que parecia ser uma espécie de animal e gente ao mesmo tempo (?). O ser
fora encurralado próximo a uma casa em construção no final do bairro Jardim
Andere, em Varginha. Testemunhas disseram que a criatura “chorava alto
e fino”. Pouco se mexia e parecia retrair-se quando as crianças da rua
atiraram pedras. Seu abdômem era avantajado, intumescido e inchado. Um
casal de noivos se aproximou e a moça desmaiou quando fitou a criatura
a uma distância de no máximo cinco metros. Segundo os boatos que não foi
possível confirmar, a moça foi levada para o hospital em estado de choque.
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Quartel do Corpo de Bombeiros de Varginha |
Já por volta das 08:00 horas, os telefones do
Corpo de Bombeiros não param de tocar. Inúmeros moradores do Jardim Andere
avisam que um “bicho estranho” estava na área. O major Maciel (comandante
da corporação na época) encaminhou quatro homens para verificar no local
da suposta denúncia. Seja lá qual foi o quadro da situação que esses homens
encontraram, eles entraram em contato com o Major Maciel e avisaram que
até o exército estava presente. Isso acabou mobilizando o próprio major
e vários homens da corporação numa operação de captura realizada por volta
das 10:30 horas. A criatura apresentava uma pele viscosa (como se tivesse
passado óleo por todo o corpo), olhos vermelhos enormes, uma cabeça muito
grande em relação ao corpo, a cabeça apresentava protuberâncias, braços
finos e longos, pernas finas e curtas, pés grandes e uma enorme saliência
no abdômen. Os oficiais do corpo de bombeiros sargento Palhares, cabo
Rubens, soldado Santos e soldado Nivaldo, usando luvas comuns, se aproximaram
do ser, que tinha se deslocado até uma mata perto do terreno da rua Suécia,
e jogaram sobre o mesmo uma rede de couro. Não houve qualquer reação de
fuga e o ser ficou completamente apático – ele se deixou capturar. A única
“reação” da criatura foi emitir um zumbido que parecia ser de “abelhas”.
Toda a operação era observada pelos oficiais do exército:
Segundo o pedreiro Henrique José de Souza, que
naquela manhã se encontrava trabalhando a cerca de 150 metros do local
da captura, a criatura foi capturada e removida pelo Corpo de Bombeiros,
juntamente com a Polícia Militar e o Exército. O ser foi posto dentro
de um caixote de madeira, envolto por uma lona e colocado num caminhão
da Escola de Sargentos das Armas (ESA). Ao que tudo indica, a viatura
do Corpo de Bombeiros retorna ao quartel de Varginha e o comboio da ESA,
por sua vez, com a caixa contendo o ser, segue viagem até a cidade de
Três Corações.
O destino dessa criatura é, na verdade, incerto.
Alguns dizem que ela foi levada para a ESA e mantida em cativeiro. Posteriormente,
ela teria sido levada para UNICAMP num comboio que logo mais abordaremos
com detalhes. Outros acreditam que ela foi encaminhada para o Hospital
Humanitas e somente no dia 22 de janeiro é que ela teria sido levada até
a ESA.
Parte 2
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Soldado com FAL. Imagem apenas ilustrativa. |
Por volta das 14:00 horas, uma testemunha civil,
que já foi militar, a qual pediu para não ser identificada publicamente,
observou pelo menos sete militares do Exército, com uniformes típicos
do tipo camuflado, armados com fuzil FAL, os quais vinham a pé pela área
onde foi feita a captura do ser pelos bombeiros, às 10:30 horas, e proximidades
fazendo uma espécie de “varredura” na região. Pouco depois de terem entrado
numa pequena floresta de eucalipto que existe ao lado, essa testemunha
ouviu três disparos de fuzil FAL, o qual tem um som metálico e bem conhecido.
Um militar de Campinas assegura que um dos soldados que fazia a “varredura”
na área se deparou com outro ser e, excitado pelo susto que tomou, acabou
disparando sua arma e ferindo mortalmente o ser – foram dois tiros na
barriga e um no peito. Naquele instante, uma outra criatura apareceu para,
aparentemente, socorrer a que foi ferida. Em nenhum momento as criaturas
demonstraram quaisquer sinais de hostilidade. A testemunha civil disse,
ainda, que alguns minutos se passaram depois dos sons dos disparos e,
logo em seguida, os militares saíram da mata com dois sacos típicos utilizados
pelo exército. Um dos sacos tinha algo dentro que se mexia bastante, enquanto
outro também tinha algo dentro, só que imóvel. O volume de ambos os sacos
eram equivalentes ao ser que fora capturado pelos bombeiros, às 10:30
horas.
De qualquer forma, além da criatura capturada
de manhã, esses fatos apurados apontam que mais duas criaturas foram capturadas,
sendo que uma estava viva e a outra baleada e morta. Obviamente, esses
eventos podem ou não estar corretos.
Por volta das 15:30 horas, Kátia Xavier costumava
fazer algumas faxinas e tomar conta de crianças nos finais de semana,
quando já havia encerrado seus compromissos de doméstica em uma residência
da Rua Juiz de Fora, no bairro Jardim Andere. E se encontrava com duas
filhas de uma amiga. Uma, de 14 anos, Valquíria Aparecida Silva, alegre
mas um tanto introvertida, e outra, Liliane de Fátima Silva, com 16 anos,
em mais evidente fase do agradável desabrochar para a vida, caminhavam
com Kátia e carregavam alguns pacotes com pertences pessoais. Desciam
pela Rua Belo Horizonte e, ao final dela, pensaram em ultrapassar uma
cerca de arame que delimita um enorme pasto não loteado, com a finalidade
de cursarem um caminho menos longo até seu bairro, Jardim Santana. Um
homem, ao perceber sua intenção, apresentou-se e interveio, sugerindo
que não passassem por ali. Alertou o anônimo cidadão que, por ser sábado
de tarde, dia sem movimento, alguns marginais costumavam sair à cata de
esconderijos de drogas e, pior, poderiam esboçar atitudes não convenientes
para três moças desprotegidas.
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Valquíria, Kátia e Liliane |
Kátia, Valquíria e Liliane acataram o alerta e
continuaram seu caminhar pelo próprio bairro até que pudessem se achar
mais perto da divisa com Santana, quando poderiam ultrapassar outro terreno
desabitado, porém de melhor visibilidade e proximidade, com menores riscos.
Os fundos do Jardim Andere ainda se encontrava com escassas e raras construções,
em fase inicial. As garotas resolveram cortar caminho por uma trilha aberta
em meio a duas construções e foram sair no último lote de casas já ocupadas,
para posteriormente descerem um barranco logo abaixo e, ultrapassando
a linha férrea, poderem chegar ao início do Santana, subindo até a residência
de Braz Vieira, ao lado de uma oficina mecânica, que tem o número 36.
Em janeiro de 1996, o lote encontrava-se aberto, bem como todos os demais,
laterais e de fundos, e isto permitia continuarem pelas trilhas batidas
por aqueles que costumavam fazer o mesmo trajeto mais curto. E passaram.
Ou melhor, pretendiam passar. Ao adentrarem o lote, Kátia ia mais à frente,
Liliane logo atrás e Valquíria um pouco antes.
Kátia estacou a cerca de sete metros do muro que
divide a oficina mecânica com o lote vago que tentava transpor. Olhou,
cerrou os olhos e, assustada, gritou às amigas: “Gente... o que é aquilo?”.
Liliane parou logo atrás e se limitou a colocar a mão na boca, no típico
gesto de quem se ache subitamente diante de algo notável. E Valquíria
suplicou para que saíssem imediatamente dali. Não foram mais do que 10
segundos. Correram, desistindo do atalho e se dirigiram até seu bairro
descendo a rua asfaltada logo ao lado. A subida por uma outra via asfaltada,
até o Jardim Santana, e ainda mais até a casa, foi fatigante, pois é íngreme
e longa. Com certeza a excitação do encontro deu-lhes força para chegarem
sem nenhuma parada. Já na sua própria rua, passaram rapidamente pela butique
de uma conhecida, sem dar sinal, e chegaram em casa, a poucas dezenas
de metros à frente. Porém gritavam e estavam abaladas, chorando, o que
fez vizinhos e transeuntes correrem até o portão de ferro que dá acesso
à modesta residência nos fundos. Luiza, a mãe de Valquíria e Liliane,
achou que as filhas e a amiga acabavam de ter sido vítimas de algum tipo
de assédio ou assalto. Apavorada, a mãe correu ao encontro das garotas
e apenas conseguiu delas, que gritavam traumatizadas, que “... acabaram
de ver o diabo”.
Luiza pediu à proprietária da butique da esquina,
Wilma Abreu Cardoso, que solicitasse a algum conhecido, que fosse proprietário
de um automóvel, que a levasse urgentemente até o lote vago mencionado
pelas garotas. “Queria saber o que o diabo queria com minhas filhas”,
disse. E foi até lá com uma irmã de Wilma, que possuía uma caminhonete.
Nada havia no local. Luíza jura que vislumbrou no chão batido, logo perto
do muro, uma marca arredondada com três sulcos ligados, com se deixada
por uma pegada grande. E teria sentido um forte cheiro de amoníaco.
Mas o que as meninas tinham visto? Segundo contaram,
era uma criatura com cabeça, tronco e membros. Agachada a um canto como
se, de sua feita, estivesse mais apavorada e perdida do que suas surpresas
observadoras. Sofria a olhos vistos, como sempre afirma Liliane. Os braços
por entre os joelhos, por um breve instante o ser dirigiu seus grandes
olhos vermelhos e saltados, dispostos verticalmente fora da cavidade ocular,
sem pálpebras, córnea e íris, para as garotas. Ergueu levemente a cabeça
e voltou a abaixá-la, fitando novamente o chão. Sem cheiro. Sem som ou
ruído. A pele era como se coberta por uma camada oleosa, brilhante e úmida.
De cor marrom escuro. Nenhum traje – completamente nu. Algumas veias grossas
saltadas pelas espáduas, subindo pelo pescoço curto e indo até a base
do crânio. O crânio, bem desenvolvido desproporcional, tinha encima três
protuberâncias saltadas, duas laterais e uma na parte central, à semelhança
de chifres. “Parecia um enorme coração de boi”, comparou Valquíria. Nenhuma
das três arrisca dizer ou descrever boca e nariz daquela aterrorizante
criatura. Afirmam com segurança que não puderam observar, ou não memorizaram,
os aspectos de boca e nariz. De qualquer forma, quando a mãe de Valquíria
e Liliane foi ao local para conferir o que era, a criatura já tinha sumido.
Parte 3
Por volta das 18:00 horas desse sábado, começou
a escurecer. De repente, caiu uma chuva torrencial. Os automóveis que
foram colhidos pela tempestade obrigavam-se a parar no meio da rua, para
que os agressivos granizos não espatifassem os pára-brisas. Os bueiros
entupiram rapidamente e algumas partes baixas das avenidas encheram-se
com a água suja que tampou o asfalto. Em quase todos os bairros de Varginha
a luz foi cortada. E dois P2, policiais de investigação e inteligência,
receberam uma missão nada comum: ficar em alerta para qualquer atividade
suspeita no final do bairro Jardim Andere. A missão consistia especificamente
em permanecer rondando pelas ruas que cercavam a mata, pois apesar do
exército já ter dado um busca por todo o pasto durante a tarde, cujos
resultados não lhes foram comunicados, os boatos que as três garotas tinham
avistado um bicho diferente já tinha se espalhado por toda a cidade. Os
P2 transitam com automóveis civis comuns como disfarce e à paisana. E
nesta missão no Jardim Andere foi designado o policial Marco Eli Chereze
e outro, que tem seu nome resguardado. Eles faziam a ronda com um Fiat
Premio branco, não muito bem conservado e que não subia o vidro do lado
do passageiro. Os dois ficaram encharcados com a chuva.
Por volta das 18:10 horas, parou a chuva e, aproveitando
a estiada, o policial Marco Eli Chereze resolveu se trocar, já que estava
no lado do passageiro e tinha se molhado muito, para logo em seguida continuar
o trabalho. Vale ressaltar que o policial Marco Eli Chereze era jovem
e gozava de um vigor físico tão pleno que o permitiam ser considerado
um dos mais confiáveis e eficientes P2 do contingente. A dupla retorna
à ronda e o tempo estava instável: por alguns minutos parava e, logo depois,
voltava a garoar.
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Momento em que os P2 localizaram a criatura na chuva. (Ilustração) |
Subitamente, o parceiro de Marco Eli Chereze,
que conduzia aquela viatura disfarçada, apertou o pé no freio e o automóvel
deslizou por uns metros, no asfalto molhado, ziguezagueando. Algo saíra
de algumas obras à esquerda da pista e passara com dificuldade bem na
frente do carro. Parecia estar ferido ou sentindo-se mal, pois se movia
lentamente e claramente acuado. Entrou no pasto à frente. Quando os dois
policiais saltaram do veículo e se aproximaram notaram que não se tratava
exatamente de um animal, como se esperava. Tratava-se de uma pessoa absolutamente
diferente, estranha, aparentemente defeituosa ao extremo. E à distância
parecia estar nua.
Marco Eli Chereze foi na frente, como sempre.
Chegou no pasto e ficou parado... era realmente uma espécie de ser humano,
porém deformado e muito repugnante. Embora estivesse chocado, o ímpeto
militar de Marco garantiu que ele ameaçasse lançar-se sobre o ser e este,
por sua vez, ficou imóvel, agachado, olhando fixamente para o policial
e aparentemente apavorado. Passados alguns poucos segundo, a criatura
pareceu ter se recuperado do estresse do encontro com os dois P2 e esboçou
uma leve reação de tentativa de fuga. Quase automaticamente Marco Eli
Chereze agarrou a criatura pelo braço direito. Já o ser não teve mais
qualquer reação – estava totalmente dominado. Sem trocar palavras, os
dois parceiros arrancaram do local o mais rápido possível, cada vez mais
confusos e, ao mesmo tempo, surpresos e excitados. A criatura ficou deitada
sobre o banco traseiro do automóvel sem praticamente se movimentar.
Como aquele “pequeno ser humano muito deformado”
estava quase não se movimentando, os dois P2 perceberam que ele deveria
estar muito mal de saúde, talvez morrendo. Logo tinham que providenciar
um socorro urgente. Dirigiram-se ao posto de saúde do bairro. No entanto,
o médico que estava de plantão ficou estarrecido ao ver aquele ser e não
aceitou examiná-lo. Ainda, segundo o que foi apurado, pediu aos dois policiais
que tirassem aquela coisa de lá rapidamente. Eram quase 20:30 horas da
noite.
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Hospital Regional Sul |
Finalmente, por volta das 21:00 horas, os dois
policiais chegaram com a criatura no Hospital Regional do Sul de Minas
Gerais. Este estabelecimento fica bem no centro de Varginha. Toda uma
ala foi interditada. A criatura foi submetida a breves e frustradas tentativas
de salvamento. Uma testemunha informou que uma das tentativas de “salvar”
aquele ser foi colocá-lo num balão de oxigênio. No entanto, ao que tudo
indica, isso só acelerou a morte, pois logo em seguida a criatura chegou
ao óbito. O exército foi imediatamente acionado. O Serviço de Inteligência
do Exército, conhecido como S2, iniciaram os primeiros registros fotográficos
e videográficos. Essa missão da PM, ao que tudo indica, foi comandada
pelo capitão Siqueira.
O Hospital Regional do Sul foi palco de uma intensa
movimentação até de madrugada. Várias testemunhas civis que residem nas
proximidades, pessoas que passaram pela frente ou entraram no hospital,
relataram que muitas viaturas da PM e do exército foram avistadas e havia
um verdadeiro corre-corre no hospital e imediações. O corpo da criatura
foi levado para o setor do IML (Instituto Médico Legal) do hospital e
a ala foi interditada. Um restrito número de pessoas teve contato com
o cadáver. Militares permaneceram atentos à segurança do cadáver da criatura
e a movimentação de veículos policiais e do exército continuou chamando
muito a atenção de todos que passavam por ali.
De qualquer forma, eis um detalhe sugestivo que
aconteceu dois dias depois: no dia 22 de janeiro, o diretor do Hospital
Regional, o senhor Adilson Usier, convocou uma reunião entre os funcionários
na qual ele recomenda que toda a movimentação que ocorreu deveria ser
ignorada, pois, se tratava de um treinamento para médicos militares. Ainda
foi deixado claro que, por se tratar de um assunto interno, não deveria
ser comentado. Uma funcionária falou que o senhor Adilson chegou a dizer:
“Aqui em Varginha tem um pessoal que gosta de mexer com coisas bacanas,
assim... sobrenaturais, estranhas... É provável que esse pessoal procure
vocês, principalmente aquele advogado, o Ubirajara. Para essas pessoas,
vocês devem negar tudo. Neguem mesmo”.
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Hospital Humanitas |
De qualquer forma, a criatura ficou pouco tempo
morta no Hospital Regional, pois, por volta da 01:30 horas da madrugada,
já no dia 21 de janeiro, foi feita a sua transferência para o Hospital
Humanitas em uma ambulância. Não se sabe do porquê dessa transferência.
O Hospital Regional situa-se mais próximo ao centro da cidade de Varginha,
enquanto o Humanitas fica mais próximo da periferia. Especula-se que a
razão da transferência foi porque o Humanitas é um hospital mais bem aparelhado
e está situado longe do centro da cidade – o que diminuiria o número de
transeuntes que testemunhariam toda aquela movimentação militar anormal.
De qualquer forma, moradores do local observaram uma enorme movimentação
de carros chegando no Humanitas. Vale ressaltar que não é possível determinar
o número exato de seres. Pelo menos duas criaturas foram capturadas, com
certeza, sendo uma pelos bombeiros, às 10:00 horas da manhã, e outra pelos
P2, já de noite – tudo isso no dia 20 de janeiro. Ainda, é possível que
os oficiais do exército tenham capturado mais dois sendo que um fora baleado
por um fuzil FAL e morto no local (final do Jardim Andere).
No dia 22 de janeiro de 1996, o tenente-coronel
Olímpio Vanderlei, o capitão Ramires, o tenente Tibério (polícia do exército),
o sargento Pedrosa, o cabo Vassalo, o soldado Círilo e o soldado De Mello,
juntamente com um tenente S-2 (serviço secreto do exército), participaram
de uma operação que consistia na retirada da criatura do Hospital Humanitas
– operação essa que envolveu várias viaturas da Polícia Militar e exército.
O ser foi colocado dentro de uma caixa de madeira, que foi lacrada e revestida
com uma lona plástica, para, logo em seguida, ser colocado em um dos três
caminhões de marca Mercedes Benz, tipo 1418, com a carroceria coberta
com capota de lona (veículos militares). Além dos três caminhões haviam
vários veículos sem quaisquer identificações. Um a um dos caminhões se
utilizou do portão lateral do hospital Humanitas para entrar e sair. Na
capota de lona traseira de cada um dos caminhões existem algumas janelas
de plástico que foram lacradas de modo que não era possível ver absolutamente
nada dentro do caminhão. Esse comboio vai para a ESA (Escola de Sargentos
das Armas) na cidade de Três Corações. Pelos depoimentos obtidos, a “carga”
tinha um mau cheiro insuportável.
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ESA - Escola de Sargento das Armas |
Vale ressaltar que foi montado todo um esquema
especial para a chegada dos caminhões na ESA. Um deles acabou entrando
por uma rua na contramão, em frente ao portão lateral do quartel. Segundo
consta, os caminhões ficaram dentro da ESA numa instalação da S-2 (serviço
secreto do exército) que tem acesso super restrito. Ainda, um esquema
de segurança especial foi montado para vigiar os caminhões. Ninguém, absolutamente
ninguém, que não tivesse autorização poderia “bisbilhotar” o conteúdo
dos mesmos. O que não impediu que uma fonte militar informasse que havia
pelo menos um caminhão dentro da ESA lotado de um material metálico estranho
– o que poderia ser talvez fragmentos de destroços de algum UFO acidentado.
No dia 23 de janeiro de 1996, às 04:00 horas da
manhã, um comboio todo especial sai da ESA com destino a Campinas. Uma
Kombi na frente seguida pelos três caminhões em fila e, logo atrás, vários
outros automóveis sem identificação. Foram cinco horas de viagem. Por
volta das 09:00 horas da manhã, o comboio chegou na Escola Preparatória
de Cadetes do Exército, em Campinas. No dia seguinte os caminhões voltaram
vazios para Três Corações.
Já os materiais levados para a Escola Preparatória
de Cadetes foi transferido, posteriormente, para lugares distintos. Fragmentos
metálicos foram levados para instalações do CTA (Centro Tecnológico da
Aeronáutica) que se situa na Rodovia dos Tamoios, em São José dos Campos,
onde estão sendo analisados por militares dentro de um laboratório secreto
de acesso restrito ali existente, no subsolo. Os seres foram levados para
a UNICAMP e entregues ao famoso médico legista Dr. Fortunato Badan Palhares
que, juntamente com o Dr. Conradin Metz e uma equipe especial de civis
e militares, iniciou as autópsias e estudos científicos nas criaturas.
Segundo consta, na UNICAMP há um laboratório secreto, de acesso restrito,
no subsolo do Hospital das Clínicas. Também informaram que existe outro
laboratório secreto no subsolo do prédio de Biologia.
Parte 4
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Fortunato Badan Palhares |
Há evidências que reforçam a suspeita de que,
no mínimo, uma criatura estava viva. Primeiro vem o fato de que um ser
chegou dentro de uma caixa metálica contendo furos (cadáver respira?).
Mais suspeito ainda é que, segundo o que foi apurado, a equipe de Badan
Palhares teria pedido vários alimentos diferentes – o que gerou piadinhas
entre os funcionários: “Devem estar testando qual o tipo de comida os
cadáveres mais gostam”. Uma dessas fontes da UNICAMP chegou a repetir
textualmente um comentário de Badan na ocasião: “Na hora em que os militares
abrirem as portas, eu duvido que consigam ficar um minuto sequer frente
a frente com essa criatura”. No mínimo Badan se referia ao aspecto horroroso
e cheiro insuportável. Uma outra criatura morta teria sido levado a uma
das geladeiras do IML (Instituto Médico Legal) situado no necrotério do
cemitério dos Amarais. Várias testemunhas informaram que nunca tinham
visto esse local tão bem guardado como nos meses de fevereiro, março e
abril de 1996. Também a quantidade de militares que foram visto nesse
período circulando pela UNICAMP foi extremamente anormal.
A existência desses laboratórios militares secretos,
de acesso restrito, situados em subsolos, até a pouco tempo, era desconhecida.
Dizem que estão equipados com tecnologia de primeiro mundo, e as poucas
pessoas que tem acesso a eles entram utilizando cartão magnético e impressão
digital.
Ainda no dia 23 de janeiro de 1996, um avião Búfalo
sai da Base Aérea de Canoas no Rio Grande do Sul. Em seu interior havia
três “containers”, uma caixa e vários militares. No primeiro “container”
havia os geradores, no segundo o equipamento de recepção e computadores
e, ainda, no terceiro uma pequena oficina portátil. Na caixa havia uma
antena desmontada. Em outras palavras: um sofisticado radar portátil.
O avião seguiu para o sul de Minas. Esse radar deve ter sido instalado
em alguma região ou cidade próxima a Varginha. Vale ressaltar que naqueles
dias aconteciam verdadeiras revoadas de UFOs na região, com vários avistamentos,
perseguições de carros e de pessoas quase diariamente. Será que essa situação
era motivada pelos resgates e capturas de seres supostamente alienígenas?
Militares de dentro da ESA informaram que, em certa noite, chegaram a
ficar bastante preocupados, dada a forma maciça que o fenômeno se manifestava.
Alguns oficiais mais “alarmistas” ficaram preocupados com a hipótese de
uma retaliação por parte dos seres extraterrestres.
No dia 26 de janeiro de 1996, militares norte-americanos,
inclusive alguns que atuam na NASA, chegaram à UNICAMP. Oficialmente iriam
selecionar cientistas brasileiros para participarem de futuras missões
espaciais com os norte-americanos – missões essas que jamais aconteceram.
O fato é que esses cientistas norte-americanos começaram a trabalhar em
conjunto com os militares brasileiros dentro do laboratório. Lógico...
o fato de ser justamente nos locais onde três dias atrás levaram as criaturas
capturadas é mera coincidência.
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Secretário de Estado dos EUA Warren Christopher |
Mais coincidência ainda é o fato que, no dia 01
de março de 1996, os governos do Brasil e Estados Unidos assinaram um
acordo de cooperação para uso pacífico do espaço exterior. O administrador
da NASA, Daniel Goldin, veio ao Brasil e visitou o Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais (INPE), de São José dos Campos. Chegou com a comitiva
do Secretário de Estado, Warren Christopher, que formalizou o acordo com
o Ministro das Relações Exteriores, Felipe Lampreia. Um dia antes da ida
a Campinas do Alto Comando e do Ministro do Exército, o prefeito daquela
cidade paulista, Adalberto Magalhães Teixeira, achava-se internado exatamente
no Hospital das Clínicas da UNICAMP. Estranhamente, sua esposa, senhora
Thereza Christina Strarace Magalhães Teixeira, foi impedida de entrar
para visita-lo. Ao passo que as visitações deveriam encerrar-se às 20:30
horas e o hospital fechara as portas bem antes das 20:00 horas. O que
estava acontecendo para se chegar a impedir que até a esposa do prefeito
entre para ver seu marido?
Mas outros fatos alarmantes passaram ocorrer...
e o mais dramático deles envolveu o policial militar P2 Marco Eli Chereze,
que teria capturado um ser no Jardim Andere, em Varginha, às 20:00 horas
do dia 20 de janeiro, junto do cabo Eric Lopes (posteriormente foi possível
descobrir o nome do parceiro de Chereze através da escala daquela noite).
Como já havia sido mencionado, Marco Eli Chereze tinha apenas 23 anos
e gozava de excelente saúde. Porém, 16 dias após ter capturado a criatura
sem quaisquer proteções como luvas, no dia 06 de fevereiro de 1996, Marco
procurou tenente-médico, na sede do 24º Batalhão de Polícia Militar, para
uma consulta. Motivo: surgira um estranho “furúnculo” na axila direita.
No dia 07 de fevereiro de 1996, Marco Eli Chereze
voltou ao quartel e foi submetido a uma cirurgia que consistiu na abertura
do “furúnculo”. Após a pequena cirurgia, o tenente-médico mandou que o
soldado Chereze voltasse para a sua casa e, caso houvesse febre, tomasse
“AS”.
Três dias depois da pequena cirurgia, o soldado
Macro Eli Chereze começou a sentir muitas dores, além de febre, que era
constante. Dirigiu-se até a clínica de atendimento da cidade, onde lhe
receitaram um analgésico. Não suportando o estado febril e muitas dores,
ele procurou a Prontomed, ainda no dia 11 de fevereiro de 1996, onde foi
internado no Hospital Municipal Bom Pastor, com suspeita de problemas
na coluna.
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Soldado Marco Eli Cherezi |
Na segunda-feira, dia 12 de fevereiro de 1996,
encontrava-se com fortes dores. Na papeleta de internação, constava prescrito
um analgésico. Dormia o tempo todo. A região dos rins estava inchada e
com grande sensibilidade à dor. No dia seguinte, nada conseguia comer,
apenas tomava café com leite. Foi sugerido pelo médico atendente que se
fizesse uma radiografia. A ausência de apetite aumentava, sem que ele
se alimentasse. No dia 14 de fevereiro, foi levado para o Centro de Tratamento
Intensivo e, no mesmo dia, os familiares foram informados que ele possuía
uma infecção, cujo foco ainda não havia sido descoberto, mas que várias
radiografias haviam sido feitas para a devida auscultação. Na manhã do
dia 15 de fevereiro, transferiram-no para o Hospital Regional do Sul de
Minas. O médico que o acompanhava no CTI garantiu que não havia quaisquer
riscos de vida, ministrando antibióticos e alegando que ele se encontrava
bem. O único foco de infecção tratava-se da cirurgia sob a axila direita.
Por volta das 11:00 horas da manhã, mudou seu discurso informando que
o caso era bastante grave.
Segundo o médico, a infecção havia se generalizado.
As chances de sobrevivência eram de apenas 10% e Marco Eli Chereze entrava
em coma. Seus pés e braços apresentavam manchas roxas. Por volta de 11:30
horas, do dia 15 de fevereiro de 1996, o soldado Marco Eli Chereze falecia.
Foi apontado como causa da morte uma infecção generalizada, septicemia
agravada por pneumonia bacteriana, que culminou por insuficiência respiratória
aguda. A família inconformada com a morte do jovem, que era de uma saúde
invejável, pediu abertura de inquérito policial para se apurarem as causas
de sua morte. O interessante é que o médico que cuidara dele até o óbito
havia dito para a família enterra-lo logo. Porque será? O exame hematológico
do Laboratório de Análises Clínicas do Hospital Bom Pastor, de Varginha,
datado de 23 de fevereiro de 1996, acusou a “presença de granulações tóxicas
finas em 8% nos neutrófilos – discreta poiglilocitose – presença de vacúolos
citoplasmáticos”... trocando em miúdos: havia 8% no sangue de um elemento
tóxico e que atacou seus glóbulos vermelhos. A grande pergunta é: será
que isso tem qualquer relação com o fato de Marco Eli Chereze ter capturado
uma estranha criatura – talvez um tripulante de UFO acidentado – sem quaisquer
proteções?
Marco Eli Chereze só tinha 23 anos e era casado.
Ele era um verdadeiro atleta. Meses antes de participar da captura da
estranha criatura, ele fez exames para cabo e em seguida para sargento.
Foi aprovado em tudo, inclusive nos exames médicos.
Sua esposa confirma que no dia 20 de janeiro de
1996, diante daquele imenso temporal, Marco havia trabalhado até tarde.
Afirma até hoje que o marido nada comentou a respeito de sua participação
em algum evento incomum. Mas também admite que ele não costumava comentar
detalhes do que passava no serviço. Neste ponto ele era extremamente reservado.
Porém, falou que Marco Eli Chereze não gostava de que se tocasse no assunto
do “ET de Varginha” quando ele ganhou manchetes de destaque em todo o
país. Quando as primeiras notícias foram para o ar, sobre as capturas
das estranhas criaturas, seu pai chegou a dizer que achava isso tudo uma
mentira... foi quando o Marco ficou sério e disse que não era mentira,
que isso é muito sério e ia dar muito o que falar. Depois desse dia, Marco
Eli Chereze não aceitava que se tocasse no assunto perto dele.
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Dona Terezinha Clepfi |
Na noite do dia 21 de abril de 1996, estava acontecendo
uma festa de aniversário de um secretário municipal de Varginha. A festa
era no Restaurante Paiquerê, instalado em meio ao horto do Jardim Zoológico
de Varginha. E nesta comemoração estava presente a senhora Terezinha Clepf,
à época com 65 anos, e seu esposo, o senhor Marcos Clepf, ex-vereador
da cidade. O Restaurante Paiquerê fica em um plano elevado e, para que
se chegue a ele, há uma escada de cimento com vários degraus. Antes da
porta principal existe uma varanda, cercando a frente e as laterais do
restaurante, delimitado por uma grade de canos e tela com cerca de 1,6
metros de altura.
Por volta das 21:00 horas, a senhora Terezinha
resolveu sair
na varanda para fumar, pois no pequeno grupo de amigos da
mesa na qual se encontrava ninguém era fumante. A noite estava escura
e, ao olhar para o lado esquerdo, a quatro metros de distância, ela viu
uma estranha criatura. Conforme seu relato, só foi possível ver o ser
do pescoço para cima, no parapeito da varanda. A criatura era muito semelhante
às descrições obtidas pelas meninas e pelos bombeiros: cor marrom escuro,
brilhante, tinha a pele oleosa, o rosto redondo, não tinha bochechas,
nem barba, nem bigode, ou nariz e, no lugar dos lábios, havia apenas um
pequeno corte. A escuridão era enorme, mas pôde reparar no ser porque,
inusitadamente, seus enormes olhos vermelhos emitiam luminescência, “...
como se fossem faróis traseiros de carro”. A criatura achava-se sobre
a mureta, do outro lado da grade e segurando-se nesta, imóvel. A senhora
Terezinha levou um enorme susto e focou estática, parada. A criatura também
estava olhando fixamente para a senhora Terezinha e permanecia imóvel,
sem fazer um único movimento sequer ou emitir qualquer ruído.
Parte 5
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A criatura descrita por Dona Terezinha Clpf |
Assustada, a senhora Terezinha entrou no restaurante
e ficou calada, ainda sob o forte impacto emocional do que acabara de
ver. Logo depois ela retornou à varanda e, aterrorizada, percebeu que
a criatura continuava lá, olhando diretamente para ela. Desesperada, ela
voltou a entrar no restaurante e nem voltou a se sentar na mesa, pois
puxou imediatamente o seu marido pelo braços. O Sr. Marcos ficou surpreso
com a insistência da esposa por saírem imediatamente dali. A senhora Terezinha
estava bastante nervosa. Somente quando o casal já estava no carro voltando
para casa é que a senhor Terezinha contou para seu esposa o que tinha
avistado. Ainda hoje a senhora Terezinha apresenta sinais de intranqüilidade
quando pensa naquele estranho ser que fitara naquela noite.
Coincidência ou não, desde o início de abril
de 1996, alguns animais foram encontrados mortos no Jardim Zoológico de
Varginha. No espaço de poucos dias, morreram uma anta, dois veados, uma
onça jaguatirica e uma arara. O veterinário Marcos Araújo Carvalho Mina
não encontrou uma causa nas necropsias. As vísceras foram enviadas para
Belo Horizonte e os achados de necropsia não indicaram a causa mortis.
Leila Cabral, bióloga e diretora do zoológico,
acha inexplicável que seus animais, que comiam alimentos diferentes, balanceados
e, ainda, viviam em espaços físicos distanciados entre si, tenham morrido
da noite para o dia sem antes apresentarem qualquer sintoma de doença.
O fato é que ocorreu uma morte em série, o que sob aspecto “... nos apavorou,
pois nunca tinha ocorrido antes”, frisa a bióloga. Alguns dos cinco animais
apresentaram lesão intestinal. O laboratório SAVE, de Belo Horizonte,
examinou as vísceras e apresentou um atestado firmados pela doutora Elaine
Maria Santos Gomes, com o resultado de que os achados sugerem a presença
de um tóxico cáustico. O veterinário Marcos Mina não se convence diante
da hipótese de envenenamento por algum produto conhecido, pela ausência
de conclusão objetiva, vez que os achados apenas sugeriam a presença de
tóxico cáustico – parte dos animais apresentava hemorragia difusa. A grande
questão é: a contaminação desses animais teria a mesma origem daquela
contaminação que matou rapidamente o soldado Marco Eli Chereze? Como podemos
observar, estamos diante de um emaranhado de eventos que parecem ser de
enorme gravidade e que, infelizmente, é mantido na mais absoluta revelia
da população.
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Ubirajara no local onde o ser foi visto por dona Terezinha |
No dia 28 de abril de 1996, a senhora Luiza Silva,
mãe de Valquíria e Liliane, duas das meninas que haviam avistado a criatura
num terreno, no dia 20 de janeiro, recebeu uma visita um tanto quanto
inusitada. Eram por volta das 22:00 horas da noite quando bateram palmas
no seu portão. Luiza abriu uma das janelas e levou um pequeno susto. Havia
quatro homens, sendo que um já descera a rampa de cimento rústico e se
preparava para bater à porta e os outros três também já estavam entrando
no seu quintal.
Mesmo avisados de que se tratava já era tarde
e estavam se preparando para ir dormir, os quatro entraram. Sentaram-se
no sofá da sala. Insistiram com veemência na necessidade de as três garotas
(as duas filhas de Luiza e, ainda, a amiga Kátia) voltarem urgentemente
atrás nos seus depoimentos públicos. Deveriam gravar uma entrevista de
televisão em uma grande rede de TV brasileira onde diriam que cometeram
um engano, que não haviam avistado o que diziam, e de nada tinham certeza.
Uma quantia em dinheiro, que não foi especificada exatamente quanto, suficiente
à independência econômica da família seria depositada em poupança em nome
de dona Luiza. Exigiram segredo absoluto. A entrevista seria gravada e
jogada a público, de forma a desmentir o avistamento. Dona Luiza se sentiu
constrangida e amedrontada. Apenas um deles falava. Os demais ficaram
absolutamente quietos, com apenas um outro anotando o que era dito.
Dona Luiza não teve escolha, a não ser dizer
que pensaria com carinho na proposta. Antes haviam dito que sabiam perfeitamente
de sua situação financeira modesta, que a família necessitava de dinheiro
inclusive para quitar dívidas referentes ao pequeno imóvel que possuía.
Tudo deveria ser desmentido, contrariamente ao que os ufólogos brasileiros
afirmavam, e nisto foram bastante objetivos e claros. Nem sequer deram
nomes, recusando informar qualquer coisa que levasse à suas identificações.
Foi prometido que voltariam. Não permitiram que ela os acompanhasse até
a rua. Evitaram que Luiza observasse com maiores detalhes, inclusive o
automóvel que utilizavam. O carro parara mais adiante e arrancou com pressa.
Sentindo-se frágil, ela procurou logo na manhã seguinte os ufólogos. No
mesmo dia, a imprensa noticiava com destaque e em edições especiais a
visita inesperada. Era a única forma de se evitar qualquer eventual possível
assédio mais incisivo ou hostil.
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Dona Luiza, mãe de Valquíria e Liliane |
E não parou por aí. No ano seguinte, dia 18 de
janeiro de 1997 (faltando dois dias para o primeiro aniversário do dia
“D” em Varginha – 20 de janeiro de 1996), Dona Luiza teve de permanecer
até mais tarde no emprego. Ela trabalhava como doméstica e seus patrões
tinham um compromisso social. Finalmente, por volta das 02:00 horas da
manhã, pôde voltar para casa e pretendia apanhar um táxi na praça central
da cidade, à avenida Rio Branco. Como não possuía dinheiro para tanto,
resolveu voltar a pé. Tirou os sapatos, que a incomodavam, para caminhar
mais depressa. Não havia ninguém na rua. Raramente passava um ou outro
carro. Um automóvel de cor preta aproximou-se devagar, dirigido por um
homem e trazendo um outro no banco de trás. Pararam e não ofereceram carona,
mas disseram imperativamente que iriam lhe dar uma carona. Assustada,
olhou para os lados para ver se algum fortuito transeunte poderia lhe
servir de escudo contra aquela gentileza preocupante. Não houve alternativa.
O motorista saíra do automóvel, abrira a porta de passageiro do lado do
motorista e aguardou que ela entrasse. E naquele momento dona Luiza reconheceu
seu benfeitor: era o líder dos quatro visitantes de antes e que lhe havia
feito a proposta de levar as suas filhas na TV e desmentir tudo.
O automóvel tomou o rumo do Bairro da Vargem,
saindo da cidade. Com menos de um quilômetro de estrada de terra, parou
próximo a uns arbustos. Estava escuro e sem Lua. Acionou uma luz lateral
na parte interna da capota. “A senhora nos conhece, está lembrada de mim?
A gente já esteve na sua casa. Jamais vamos fazer algum mal para a senhora”.
O cidadão do banco de trás não pronunciava qualquer palavra, jamais disse
algo desde o início daquele inesperado e nervoso encontro. Trajava terno
escuro, aparentemente de cor preta. Ambos eram de pele clara. Seu interlocutor
possuía a pele do rosto um pouco sardenta e o cabelo castanho claro, de
corte cheio, com duas proeminentes entradas laterais. Aparentava cerca
de 47 anos de idade.
“Fique calma, que a gente não fazer nada com a
senhora. Queremos pedir segredo, mas daquela vez a senhora acabou conversando
com os ufólogos e foi para a imprensa. Não sei porque, mas a senhora acabou
falando, precipitou-se. Agora a gente vai falar mais a sério com a senhora,
pode ficar tranqüila e confiar na gente”.
Parte 6
É óbvio que aqueles homens desejavam, de qualquer
maneira, convence-la a se sujeitar a um plano de reconsideração do que
ela e as filhas vinham afirmando publicamente. E o fazia utilizando-se
de uma mansidão destinada a convencer uma modesta cidadã. Para que ficasse
mais tranqüila, prometeu que a tal entrevista seria então gravada na própria
cidade de Varginha, em um local discreto e previamente preparado. Para
tanto, as três garotas afirmariam que haviam fantasiado ao avistarem o
que viram; confundindo, por exemplo, um amigo que se vestira estranhamente
com a finalidade de assustá-las, ou algo mais ou menos parecido com isso.
Ainda, frisou com veemência que o dinheiro que receberiam valeria a pena.
Aquele estranho homem, inclusive, sugeriu que fosse dito na entrevista
que elas nunca haviam sugerido que se tratava de seres de outro planeta,
mas os ufólogos é que começaram a afirmar tal coisa.
Logo em seguida, o homem apanhou duas fotografias
no console de trás, do meio dos bancos, mostrou para Dona Luiza. Ela se
assustou novamente, ao ver a foto de uma criatura. As fotografias estavam
copiadas em papéis de tamanho ofício, sendo que uma era na vertical e
a outra na horizontal. Numa foto em preto em branco havia uma criatura
deitada, aparentemente morta, sobre o que parecia ser uma mesa ou maca.
Não se distinguia o fundo, estava esfumaçado, portanto desfocado, com
o objeto principal em primeiro plano. O ser possuía caroços grandes, como
pelotas, na cabeça. A fotografia fora tirada de lado, com a lateral direita
da criatura visível, de corpo inteiro. Possuía três dedos compridos, muito
grandes. Pernas muito finas e pés gigantescos. O braço estendia-se até
bem abaixo do joelho. Ele estava sem qualquer roupa.
Já a outra foto era em cores e mostrava uma criatura
idêntica de pé, aparentemente viva, com olhos saltados e vermelhos, arregalados
e de lábios muito finos, esticados anormalmente para os lados, como se
a boca se estendesse. Luiza não se lembra de ter percebido orelhas. O
pescoço emendava-se com os ombros e não foi possível perceber qualquer
órgão genital. Parecia encostar-se numa parede de tijolinhos, sem reboco.
Segundo o interlocutor, o ser deitado estava embalsamado e o de pé estava
vivo. Ainda, ele olhou bem para Dona Luiza e disse que ela prestasse bastante
atenção naquelas fotos e percebesse como, se fosse admitido a existência
de tais criaturas, o pânico seria inevitável e iminente, dado suas aparências
repugnantes. Dona Luiza suplicou dizendo que não poderia fazer isso, pois
pegaria mal para todos. Ainda, insistiu que suas filhas jamais falavam
mentira e seria um absurdo pedir para elas mentirem agora. Ainda, Dona
Luiza tratou de questioná-los: “Porque não jogam limpo, se tudo isto é
verdade?”. A irritação do homem foi evidente ao ouvir a pergunta de Dona
Luiza. Chegou inclusive a dizer que ela estava fazendo muitas perguntas
e que quem fazia perguntas eram eles.
Durante toda a enervante conversa, Dona Luiza
insistiu sobre de quem se tratavam, de onde eram, porque se insistiam
tanto por esconder os fatos. Não lhe responderam. O ocupante do banco
de trás permaneceu o tempo inteiro no mais absoluto silêncio. Segundo
o relato de Dona Luiza, diversas vezes ela implorou para que a deixassem
ir e não pretendessem que as filhas mentissem. Em tais ocasiões utilizava
a expressão: “Pelo amor de Deus”. E foi nesses momentos que os homens
tinham uma reação bastante hostil: “Pare de falar pelo amor de Deus toda
hora!!!! Confie em nós”. E após ter sido bastante incisivo em determinar
que parasse com aquele tipo de súplica, continuou insistindo para que
fizessem uma entrevista desmentindo tudo. Obviamente reforçando que ela
receberia em dólares por isso, embora jamais mencionou o valor dessa “bonificação”.
Cansada e querendo se livrar o mais rápido possível
da situação, Dona Luiza forneceu o telefone da residência onde trabalhava
como doméstica e, ainda, prometeu que iria falar com suas filhas sobre
o assunto. Disse posteriormente que achava seus visitantes muito chiques,
vestindo-se bem. No tocante às fotos, Dona Luiza acredita que não se tratavam
de desenhos, mas realmente de fotografias, por várias razões. Acha que
não se pode comparar com desenho. Ficou inclusive impressionada pelo brilho
que a pele da criatura, supostamente viva na foto, apresentava. Ao final,
Dona Luiza foi deixada relativamente longe de sua casa. Ela acabou chegando
em casa por volta das 05:00 horas da manhã. Vários desenhos foram mostrados
para Dona Luiza a fim de que ela apontasse qual era o mais parecido com
o ser das fotos, mas Dona Luiza falou que nada se comparava com que haviam
lhe mostrado.
Além de ser questionável se tais fotos eram mesmo
fotografias dos seres que foram capturados ou apenas desenhos elaborados
e bastante realistas, fica a grande questão: Quem são eles? Agentes secretos?
Agentes militares? Agentes de instituições moralistas e religiosas que
se sentiram melindradas em suas crenças com os testemunhos daquelas garotas
na mídia? A verdade é que não há maiores elementos que nos possam auxiliar
num julgamento. Apenas temos os fatos e eles são esses que foram expostos.
A verdade é que qualquer hipótese é perfeitamente plausível e carecemos
de maiores esclarecimentos. O interessante é que, o mesmo cidadão que
abordou Dona Luiza duas vezes na tentativa de convencê-la a fazer suas
filhas desmentirem tudo, chegou a procurar a sua patroa e pedido para
ajudar a convencer a empregada a levar as filhas dela na TV e “esclarecer
tudo”. Tal como fez com Dona Luiza, não se identificou para a sua patroa.
Já a patroa de Dona Luiza ficou pasma e tratou de procurar Ubirajara Rodrigues
para contar tudo. Será que uma agência de inteligência usaria tal “última
cartada” pelo desespero de ver que suas tentativas foram infrutíferas?
Não parece ser um bom método para um órgão dessa natureza. Realmente muito
estranho...
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General Sérgio Lima - Comandante da Escola de Sargento das Armas |
No dia 04 de maio de 1996, às 17:00 horas, em
uma reunião histórica na casa de Ubirajara Rodrigues, em Varginha, com
48 pessoas presentes, entre ufólogos e jornalistas, a Dona Luiza com suas
filhas, Liliane e Valquíria, informaram a imprensa a tentativa de suborno
por parte de quatro desconhecidos (a primeira abordagem). Os ufólogos
revelaram à imprensa presente as informações mais recentes, bem como também
os nomes dos militares que comandaram as operações em Varginha. Era jornalista
ligando em seus celulares para todos os cantos. Os responsáveis pela ESA
não sabiam o que dizer. O clima esquentou. Muitos ficaram assustados.
Nos dias seguintes, todos ficaram na expectativa do que iria acontecer.
Resultado: dia 08 de maio de 1996, às 11:00 horas,
o Comandante da ESA, o general de brigada Sérgio Pedro Coelho Lima, reuniu
toda a imprensa e leu uma nota de esclarecimento, informando que nenhum
elemento ou material da Escola de Sargentos das Armas teve qualquer ligação
com os fatos aludidos. Ao terminar, o repórter da EPTV perguntou onde
estavam os outros militares que foram citados. Ele respondeu que estavam
trabalhando, em prol do Exército e em prol da nação. Questionado, ele
apenas disse que se limitaria ao que foi lido na nota. Assim, o general
Lima virou as costas e saiu, deixando os repórteres totalmente convencidos
de que realmente algo muito grave aconteceu em Varginha.
No dia 11 de maio de 1996, o Dr. John Mack, um
professor de psiquiatria da Havard Medical School, nos Estados Unidos,
veio até o Brasil e foi para Varginha acompanhado pela psicóloga Gilda
Moura. O Dr. Mack, além de ser psiquiatra, tem pós-doutorado (PhD) na
área. Ele é autor do livro “Abduction – Human Encounters With Aliens”,
e também foi protagonizado por um artista no papel principal do psiquiatra
no filme “Intruders”. Depois de muitas horas de perguntas com Liliane,
Valquíria e com Dona Luiza, ficou convencido da legitimidade de seus relatos.
“Renunciaria a minhas credenciais universitárias caso as meninas estivessem
inventando estória”, afirmou. Ainda, o Dr. Mack também interrogou a senhora
Terezinha e concluiu, tal qual com as meninas, que estava falando a verdade
e que realmente viu uma criatura completamente estranha. Para a ufologia
brasileira e internacional, uma conclusão favorável do Dr. Mack é de suma
importância e garante grande credibilidade.
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O Psiquiatra e Ufólogo John Mack entravista Liliane e Valquíria |
No dia 29 de maio de 1996, em quase que total
sigilo, pela primeira vez na história do Brasil, um ministro de Estado
se reúne com o Alto Comando fora de uma capital. Um fato histórico. O
ministro do Exército Zenildo Zoroastro de Lucena, juntamente com 29 generais,
incluindo o chefe do Estado Maior, general Délio de Assis Monteiro, o
comandante militar do Sudoeste, general Paulo Neves de Aquino, os chefes
de diretoria e departamentos e os oito comandantes militares de área se
reuniram em Campinas, para cumprir uma pauta que poderia tranqüilamente
ser cumprida por militares de menor escalão. Visitaram a Escola Preparatória
de Cadetes do Exército para avaliar o projeto EsPCEx 2000, que visa a
informatização da educação e a criação de um ambiente de ensino moderno
para os cadetes, bem como a implantação do sistema de monitoramento por
satélite. Depois visitaram o 28o BIB (Batalhão de Infantaria Blindado)
para avaliarem os 16 computadores já adquiridos de um total de 26, que
visam gerar procedimentos administrativos e preparo de soldados. Daí,
foram para a Embrapa conhecer o sistema de informação geográfica. No dia
seguinte, foram para a cidade de Pirassununga, próximo à Campinas, no
2o Regimento de Carros de Combate, uma unidade da 11a Brigada de Infantaria
Blindada, para acompanharem as obras que estão sendo realizadas para o
recebimento de 40 carros de combate Leopardo, de fabricação alemã, adquiridos
recentemente. Não resta nenhuma dúvida de que todos esses militares estiveram
em Campinas para conhecerem as estranhas criaturas. Devem ter feito isso
de madrugada, longe da imprensa.
Militares de diversos lugares do Estado de São
Paulo, inclusive do litoral, informaram os ufólogos que nos dias que antecederam
a visita do ministro em Campinas, foram realizadas diversas reuniões em
Campinas, em Pirassununga, em Bragança Paulista, e provavelmente também
em outros estados, envolvendo militares do alto escalão. Disseram que
todo mundo queria ir a Campinas para olhar as estranhas criaturas. Chegou
até a ocorrer divergências e desentendimentos entre alguns militares.
Encerramos aqui a explanação sobre o Caso Varginha.
Não resta dúvidas de que tudo isso é verdadeiro para a ufologia mundial
e, ainda, é apenas a ponta do “iceberg” de como o fenômeno UFO afeta e
é tratado pelos governos mundiais. Infelizmente, ainda há uma política
mundial de se negar eventos de tal envergadura e, ao que tudo indica,
são ditados pelos Estados Unidos. Fica nas “entrelinhas” de todo esse
emaranhado de fatos que, talvez, os Estados Unidos tenham pressionado
o Brasil quando nossos militares capturaram as criaturas e resgataram
destroços de naves extraterrestres.
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