13 dezembro 2008

Caso Varginha

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Caso Varginha - parte 1
O Caso Varginha, considerado o Caso Roswell brasileiro, é, sem dúvida, o principal caso ufológico ocorrido em nosso país. Descoberto e pesquisado por um de nossos principais ufólogos, o advogado Ubirajara Franco Rodrigues, aqui colocaremos os principais fatos dessa ocorrência que culmina numa inquietante teia de eventos assustadores e que envolvem, além dos UFOs, as nossas autoridades militares e governamentais.

Ovni no pasto conforme descrito por Eurico (ilustração)
Nas primeiras horas do dia 20 de janeiro de 1996, ainda madrugada, os caseiros Eurico de Freitas e Oralina Augusta de Freitas, respectivamente de 37 e 40 anos, estavam no sítio à beira da estrada que liga Varginha à Rodovia Fernão Dias, a BR-381. Por volta da 01:30 horas, Oralina assistia TV e ouviu o gado, lá fora, correndo e bufando de maneira incomum. Imediatamente imaginou que algum animal predador ou cobra estaria envolvido nisso.
Eurico de Freitas e Oralina
O gado, que costumava aconchegar-se na estrada logo após a porteira de entrada, disparou em direção contrária, subindo pelo pasto, assustado. Oralina abriu a janela e não percebeu qualquer animal ou alguém que pudesse ter provocado o estouro. Porém, logo percebeu que algo se movia lentamente, na direção do alto do pasto, para onde o gado disparara. Esforçando a vista, logo notou que um objeto fosco, cinza, que parecia ter o formato de um submarino estava voando sobre a área. Imediatamente, Oralina correu e acordou seu marido, Eurico.
Aquele “submarino voador”, com as dimensões aparentes de um micro-ônibus, que não emitia qualquer ruído e nem possuía luzes, se movia lentamente. Os caseiros, que não possuem um telefone para alarme do proprietário da fazenda, permaneceram observando a passagem na inusitada nave por cerca de 40 minutos, até que ela transpusesse o morro que barra o horizonte na direção da cidade. Vale ressaltar que o OVNI não estava a mais que cinco metros de altura em seu vôo.
Mas havia um detalhe neste avistamento muito interessante: o objeto soltava alguma espécie de fumaça clara de sua parte frontal. E saía por um rombo aberto na estranha fuselagem desprovida de asas. Alguns pedaços do material, ainda presos ao bico, oscilavam como pano ao vento (tal qual Carlos de Souza no dia 13 de janeiro, o casal avistou um UFO com aparente avaria no dia 20 – uma semana depois). Permaneceram olhando até que aquilo transpusesse o morro e, possivelmente, tivesse continuado por mais alguns quilômetros em direção à cidade de Varginha.
Dia 20 de janeiro de 1996, sábado, logo pela manhã, algumas crianças e adultos haviam encontrado algo incomum... uma criatura que parecia ser uma espécie de animal e gente ao mesmo tempo (?). O ser fora encurralado próximo a uma casa em construção no final do bairro Jardim Andere, em Varginha. Testemunhas disseram que a criatura “chorava alto e fino”. Pouco se mexia e parecia retrair-se quando as crianças da rua atiraram pedras. Seu abdômem era avantajado, intumescido e inchado. Um casal de noivos se aproximou e a moça desmaiou quando fitou a criatura a uma distância de no máximo cinco metros. Segundo os boatos que não foi possível confirmar, a moça foi levada para o hospital em estado de choque.
Quartel do Corpo de Bombeiros de Varginha
Já por volta das 08:00 horas, os telefones do Corpo de Bombeiros não param de tocar. Inúmeros moradores do Jardim Andere avisam que um “bicho estranho” estava na área. O major Maciel (comandante da corporação na época) encaminhou quatro homens para verificar no local da suposta denúncia. Seja lá qual foi o quadro da situação que esses homens encontraram, eles entraram em contato com o Major Maciel e avisaram que até o exército estava presente. Isso acabou mobilizando o próprio major e vários homens da corporação numa operação de captura realizada por volta das 10:30 horas. A criatura apresentava uma pele viscosa (como se tivesse passado óleo por todo o corpo), olhos vermelhos enormes, uma cabeça muito grande em relação ao corpo, a cabeça apresentava protuberâncias, braços finos e longos, pernas finas e curtas, pés grandes e uma enorme saliência no abdômen. Os oficiais do corpo de bombeiros sargento Palhares, cabo Rubens, soldado Santos e soldado Nivaldo, usando luvas comuns, se aproximaram do ser, que tinha se deslocado até uma mata perto do terreno da rua Suécia, e jogaram sobre o mesmo uma rede de couro. Não houve qualquer reação de fuga e o ser ficou completamente apático – ele se deixou capturar. A única “reação” da criatura foi emitir um zumbido que parecia ser de “abelhas”. Toda a operação era observada pelos oficiais do exército:
Segundo o pedreiro Henrique José de Souza, que naquela manhã se encontrava trabalhando a cerca de 150 metros do local da captura, a criatura foi capturada e removida pelo Corpo de Bombeiros, juntamente com a Polícia Militar e o Exército. O ser foi posto dentro de um caixote de madeira, envolto por uma lona e colocado num caminhão da Escola de Sargentos das Armas (ESA). Ao que tudo indica, a viatura do Corpo de Bombeiros retorna ao quartel de Varginha e o comboio da ESA, por sua vez, com a caixa contendo o ser, segue viagem até a cidade de Três Corações.
O destino dessa criatura é, na verdade, incerto. Alguns dizem que ela foi levada para a ESA e mantida em cativeiro. Posteriormente, ela teria sido levada para UNICAMP num comboio que logo mais abordaremos com detalhes. Outros acreditam que ela foi encaminhada para o Hospital Humanitas e somente no dia 22 de janeiro é que ela teria sido levada até a ESA. 
 
Parte 2
Soldado com FAL. Imagem apenas ilustrativa.
Por volta das 14:00 horas, uma testemunha civil, que já foi militar, a qual pediu para não ser identificada publicamente, observou pelo menos sete militares do Exército, com uniformes típicos do tipo camuflado, armados com fuzil FAL, os quais vinham a pé pela área onde foi feita a captura do ser pelos bombeiros, às 10:30 horas, e proximidades fazendo uma espécie de “varredura” na região. Pouco depois de terem entrado numa pequena floresta de eucalipto que existe ao lado, essa testemunha ouviu três disparos de fuzil FAL, o qual tem um som metálico e bem conhecido. Um militar de Campinas assegura que um dos soldados que fazia a “varredura” na área se deparou com outro ser e, excitado pelo susto que tomou, acabou disparando sua arma e ferindo mortalmente o ser – foram dois tiros na barriga e um no peito. Naquele instante, uma outra criatura apareceu para, aparentemente, socorrer a que foi ferida. Em nenhum momento as criaturas demonstraram quaisquer sinais de hostilidade. A testemunha civil disse, ainda, que alguns minutos se passaram depois dos sons dos disparos e, logo em seguida, os militares saíram da mata com dois sacos típicos utilizados pelo exército. Um dos sacos tinha algo dentro que se mexia bastante, enquanto outro também tinha algo dentro, só que imóvel. O volume de ambos os sacos eram equivalentes ao ser que fora capturado pelos bombeiros, às 10:30 horas.
De qualquer forma, além da criatura capturada de manhã, esses fatos apurados apontam que mais duas criaturas foram capturadas, sendo que uma estava viva e a outra baleada e morta. Obviamente, esses eventos podem ou não estar corretos.
Por volta das 15:30 horas, Kátia Xavier costumava fazer algumas faxinas e tomar conta de crianças nos finais de semana, quando já havia encerrado seus compromissos de doméstica em uma residência da Rua Juiz de Fora, no bairro Jardim Andere. E se encontrava com duas filhas de uma amiga. Uma, de 14 anos, Valquíria Aparecida Silva, alegre mas um tanto introvertida, e outra, Liliane de Fátima Silva, com 16 anos, em mais evidente fase do agradável desabrochar para a vida, caminhavam com Kátia e carregavam alguns pacotes com pertences pessoais. Desciam pela Rua Belo Horizonte e, ao final dela, pensaram em ultrapassar uma cerca de arame que delimita um enorme pasto não loteado, com a finalidade de cursarem um caminho menos longo até seu bairro, Jardim Santana. Um homem, ao perceber sua intenção, apresentou-se e interveio, sugerindo que não passassem por ali. Alertou o anônimo cidadão que, por ser sábado de tarde, dia sem movimento, alguns marginais costumavam sair à cata de esconderijos de drogas e, pior, poderiam esboçar atitudes não convenientes para três moças desprotegidas.
Valquíria, Kátia e Liliane
Kátia, Valquíria e Liliane acataram o alerta e continuaram seu caminhar pelo próprio bairro até que pudessem se achar mais perto da divisa com Santana, quando poderiam ultrapassar outro terreno desabitado, porém de melhor visibilidade e proximidade, com menores riscos. Os fundos do Jardim Andere ainda se encontrava com escassas e raras construções, em fase inicial. As garotas resolveram cortar caminho por uma trilha aberta em meio a duas construções e foram sair no último lote de casas já ocupadas, para posteriormente descerem um barranco logo abaixo e, ultrapassando a linha férrea, poderem chegar ao início do Santana, subindo até a residência de Braz Vieira, ao lado de uma oficina mecânica, que tem o número 36. Em janeiro de 1996, o lote encontrava-se aberto, bem como todos os demais, laterais e de fundos, e isto permitia continuarem pelas trilhas batidas por aqueles que costumavam fazer o mesmo trajeto mais curto. E passaram. Ou melhor, pretendiam passar. Ao adentrarem o lote, Kátia ia mais à frente, Liliane logo atrás e Valquíria um pouco antes.
Kátia estacou a cerca de sete metros do muro que divide a oficina mecânica com o lote vago que tentava transpor. Olhou, cerrou os olhos e, assustada, gritou às amigas: “Gente... o que é aquilo?”. Liliane parou logo atrás e se limitou a colocar a mão na boca, no típico gesto de quem se ache subitamente diante de algo notável. E Valquíria suplicou para que saíssem imediatamente dali. Não foram mais do que 10 segundos. Correram, desistindo do atalho e se dirigiram até seu bairro descendo a rua asfaltada logo ao lado. A subida por uma outra via asfaltada, até o Jardim Santana, e ainda mais até a casa, foi fatigante, pois é íngreme e longa. Com certeza a excitação do encontro deu-lhes força para chegarem sem nenhuma parada. Já na sua própria rua, passaram rapidamente pela butique de uma conhecida, sem dar sinal, e chegaram em casa, a poucas dezenas de metros à frente. Porém gritavam e estavam abaladas, chorando, o que fez vizinhos e transeuntes correrem até o portão de ferro que dá acesso à modesta residência nos fundos. Luiza, a mãe de Valquíria e Liliane, achou que as filhas e a amiga acabavam de ter sido vítimas de algum tipo de assédio ou assalto. Apavorada, a mãe correu ao encontro das garotas e apenas conseguiu delas, que gritavam traumatizadas, que “... acabaram de ver o diabo”.
Luiza pediu à proprietária da butique da esquina, Wilma Abreu Cardoso, que solicitasse a algum conhecido, que fosse proprietário de um automóvel, que a levasse urgentemente até o lote vago mencionado pelas garotas. “Queria saber o que o diabo queria com minhas filhas”, disse. E foi até lá com uma irmã de Wilma, que possuía uma caminhonete. Nada havia no local. Luíza jura que vislumbrou no chão batido, logo perto do muro, uma marca arredondada com três sulcos ligados, com se deixada por uma pegada grande. E teria sentido um forte cheiro de amoníaco.
Mas o que as meninas tinham visto? Segundo contaram, era uma criatura com cabeça, tronco e membros. Agachada a um canto como se, de sua feita, estivesse mais apavorada e perdida do que suas surpresas observadoras. Sofria a olhos vistos, como sempre afirma Liliane. Os braços por entre os joelhos, por um breve instante o ser dirigiu seus grandes olhos vermelhos e saltados, dispostos verticalmente fora da cavidade ocular, sem pálpebras, córnea e íris, para as garotas. Ergueu levemente a cabeça e voltou a abaixá-la, fitando novamente o chão. Sem cheiro. Sem som ou ruído. A pele era como se coberta por uma camada oleosa, brilhante e úmida. De cor marrom escuro. Nenhum traje – completamente nu. Algumas veias grossas saltadas pelas espáduas, subindo pelo pescoço curto e indo até a base do crânio. O crânio, bem desenvolvido desproporcional, tinha encima três protuberâncias saltadas, duas laterais e uma na parte central, à semelhança de chifres. “Parecia um enorme coração de boi”, comparou Valquíria. Nenhuma das três arrisca dizer ou descrever boca e nariz daquela aterrorizante criatura. Afirmam com segurança que não puderam observar, ou não memorizaram, os aspectos de boca e nariz. De qualquer forma, quando a mãe de Valquíria e Liliane foi ao local para conferir o que era, a criatura já tinha sumido. 
Parte 3
Por volta das 18:00 horas desse sábado, começou a escurecer. De repente, caiu uma chuva torrencial. Os automóveis que foram colhidos pela tempestade obrigavam-se a parar no meio da rua, para que os agressivos granizos não espatifassem os pára-brisas. Os bueiros entupiram rapidamente e algumas partes baixas das avenidas encheram-se com a água suja que tampou o asfalto. Em quase todos os bairros de Varginha a luz foi cortada. E dois P2, policiais de investigação e inteligência, receberam uma missão nada comum: ficar em alerta para qualquer atividade suspeita no final do bairro Jardim Andere. A missão consistia especificamente em permanecer rondando pelas ruas que cercavam a mata, pois apesar do exército já ter dado um busca por todo o pasto durante a tarde, cujos resultados não lhes foram comunicados, os boatos que as três garotas tinham avistado um bicho diferente já tinha se espalhado por toda a cidade. Os P2 transitam com automóveis civis comuns como disfarce e à paisana. E nesta missão no Jardim Andere foi designado o policial Marco Eli Chereze e outro, que tem seu nome resguardado. Eles faziam a ronda com um Fiat Premio branco, não muito bem conservado e que não subia o vidro do lado do passageiro. Os dois ficaram encharcados com a chuva.
Por volta das 18:10 horas, parou a chuva e, aproveitando a estiada, o policial Marco Eli Chereze resolveu se trocar, já que estava no lado do passageiro e tinha se molhado muito, para logo em seguida continuar o trabalho. Vale ressaltar que o policial Marco Eli Chereze era jovem e gozava de um vigor físico tão pleno que o permitiam ser considerado um dos mais confiáveis e eficientes P2 do contingente. A dupla retorna à ronda e o tempo estava instável: por alguns minutos parava e, logo depois, voltava a garoar.
Momento em que os P2 localizaram a criatura na chuva. (Ilustração)
Subitamente, o parceiro de Marco Eli Chereze, que conduzia aquela viatura disfarçada, apertou o pé no freio e o automóvel deslizou por uns metros, no asfalto molhado, ziguezagueando. Algo saíra de algumas obras à esquerda da pista e passara com dificuldade bem na frente do carro. Parecia estar ferido ou sentindo-se mal, pois se movia lentamente e claramente acuado. Entrou no pasto à frente. Quando os dois policiais saltaram do veículo e se aproximaram notaram que não se tratava exatamente de um animal, como se esperava. Tratava-se de uma pessoa absolutamente diferente, estranha, aparentemente defeituosa ao extremo. E à distância parecia estar nua.
Marco Eli Chereze foi na frente, como sempre. Chegou no pasto e ficou parado... era realmente uma espécie de ser humano, porém deformado e muito repugnante. Embora estivesse chocado, o ímpeto militar de Marco garantiu que ele ameaçasse lançar-se sobre o ser e este, por sua vez, ficou imóvel, agachado, olhando fixamente para o policial e aparentemente apavorado. Passados alguns poucos segundo, a criatura pareceu ter se recuperado do estresse do encontro com os dois P2 e esboçou uma leve reação de tentativa de fuga. Quase automaticamente Marco Eli Chereze agarrou a criatura pelo braço direito. Já o ser não teve mais qualquer reação – estava totalmente dominado. Sem trocar palavras, os dois parceiros arrancaram do local o mais rápido possível, cada vez mais confusos e, ao mesmo tempo, surpresos e excitados. A criatura ficou deitada sobre o banco traseiro do automóvel sem praticamente se movimentar.
Como aquele “pequeno ser humano muito deformado” estava quase não se movimentando, os dois P2 perceberam que ele deveria estar muito mal de saúde, talvez morrendo. Logo tinham que providenciar um socorro urgente. Dirigiram-se ao posto de saúde do bairro. No entanto, o médico que estava de plantão ficou estarrecido ao ver aquele ser e não aceitou examiná-lo. Ainda, segundo o que foi apurado, pediu aos dois policiais que tirassem aquela coisa de lá rapidamente. Eram quase 20:30 horas da noite.
Hospital Regional Sul
Finalmente, por volta das 21:00 horas, os dois policiais chegaram com a criatura no Hospital Regional do Sul de Minas Gerais. Este estabelecimento fica bem no centro de Varginha. Toda uma ala foi interditada. A criatura foi submetida a breves e frustradas tentativas de salvamento. Uma testemunha informou que uma das tentativas de “salvar” aquele ser foi colocá-lo num balão de oxigênio. No entanto, ao que tudo indica, isso só acelerou a morte, pois logo em seguida a criatura chegou ao óbito. O exército foi imediatamente acionado. O Serviço de Inteligência do Exército, conhecido como S2, iniciaram os primeiros registros fotográficos e videográficos. Essa missão da PM, ao que tudo indica, foi comandada pelo capitão Siqueira.
O Hospital Regional do Sul foi palco de uma intensa movimentação até de madrugada. Várias testemunhas civis que residem nas proximidades, pessoas que passaram pela frente ou entraram no hospital, relataram que muitas viaturas da PM e do exército foram avistadas e havia um verdadeiro corre-corre no hospital e imediações. O corpo da criatura foi levado para o setor do IML (Instituto Médico Legal) do hospital e a ala foi interditada. Um restrito número de pessoas teve contato com o cadáver. Militares permaneceram atentos à segurança do cadáver da criatura e a movimentação de veículos policiais e do exército continuou chamando muito a atenção de todos que passavam por ali.
De qualquer forma, eis um detalhe sugestivo que aconteceu dois dias depois: no dia 22 de janeiro, o diretor do Hospital Regional, o senhor Adilson Usier, convocou uma reunião entre os funcionários na qual ele recomenda que toda a movimentação que ocorreu deveria ser ignorada, pois, se tratava de um treinamento para médicos militares. Ainda foi deixado claro que, por se tratar de um assunto interno, não deveria ser comentado. Uma funcionária falou que o senhor Adilson chegou a dizer: “Aqui em Varginha tem um pessoal que gosta de mexer com coisas bacanas, assim... sobrenaturais, estranhas... É provável que esse pessoal procure vocês, principalmente aquele advogado, o Ubirajara. Para essas pessoas, vocês devem negar tudo. Neguem mesmo”.
Hospital Humanitas
De qualquer forma, a criatura ficou pouco tempo morta no Hospital Regional, pois, por volta da 01:30 horas da madrugada, já no dia 21 de janeiro, foi feita a sua transferência para o Hospital Humanitas em uma ambulância. Não se sabe do porquê dessa transferência. O Hospital Regional situa-se mais próximo ao centro da cidade de Varginha, enquanto o Humanitas fica mais próximo da periferia. Especula-se que a razão da transferência foi porque o Humanitas é um hospital mais bem aparelhado e está situado longe do centro da cidade – o que diminuiria o número de transeuntes que testemunhariam toda aquela movimentação militar anormal. 
De qualquer forma, moradores do local observaram uma enorme movimentação de carros chegando no Humanitas. Vale ressaltar que não é possível determinar o número exato de seres. Pelo menos duas criaturas foram capturadas, com certeza, sendo uma pelos bombeiros, às 10:00 horas da manhã, e outra pelos P2, já de noite – tudo isso no dia 20 de janeiro. Ainda, é possível que os oficiais do exército tenham capturado mais dois sendo que um fora baleado por um fuzil FAL e morto no local (final do Jardim Andere).
No dia 22 de janeiro de 1996, o tenente-coronel Olímpio Vanderlei, o capitão Ramires, o tenente Tibério (polícia do exército), o sargento Pedrosa, o cabo Vassalo, o soldado Círilo e o soldado De Mello, juntamente com um tenente S-2 (serviço secreto do exército), participaram de uma operação que consistia na retirada da criatura do Hospital Humanitas – operação essa que envolveu várias viaturas da Polícia Militar e exército. O ser foi colocado dentro de uma caixa de madeira, que foi lacrada e revestida com uma lona plástica, para, logo em seguida, ser colocado em um dos três caminhões de marca Mercedes Benz, tipo 1418, com a carroceria coberta com capota de lona (veículos militares). Além dos três caminhões haviam vários veículos sem quaisquer identificações. Um a um dos caminhões se utilizou do portão lateral do hospital Humanitas para entrar e sair. Na capota de lona traseira de cada um dos caminhões existem algumas janelas de plástico que foram lacradas de modo que não era possível ver absolutamente nada dentro do caminhão. Esse comboio vai para a ESA (Escola de Sargentos das Armas) na cidade de Três Corações. Pelos depoimentos obtidos, a “carga” tinha um mau cheiro insuportável.
ESA - Escola de Sargento das Armas
Vale ressaltar que foi montado todo um esquema especial para a chegada dos caminhões na ESA. Um deles acabou entrando por uma rua na contramão, em frente ao portão lateral do quartel. Segundo consta, os caminhões ficaram dentro da ESA numa instalação da S-2 (serviço secreto do exército) que tem acesso super restrito. Ainda, um esquema de segurança especial foi montado para vigiar os caminhões. Ninguém, absolutamente ninguém, que não tivesse autorização poderia “bisbilhotar” o conteúdo dos mesmos. O que não impediu que uma fonte militar informasse que havia pelo menos um caminhão dentro da ESA lotado de um material metálico estranho – o que poderia ser talvez fragmentos de destroços de algum UFO acidentado.
No dia 23 de janeiro de 1996, às 04:00 horas da manhã, um comboio todo especial sai da ESA com destino a Campinas. Uma Kombi na frente seguida pelos três caminhões em fila e, logo atrás, vários outros automóveis sem identificação. Foram cinco horas de viagem. Por volta das 09:00 horas da manhã, o comboio chegou na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas. No dia seguinte os caminhões voltaram vazios para Três Corações.
Já os materiais levados para a Escola Preparatória de Cadetes foi transferido, posteriormente, para lugares distintos. Fragmentos metálicos foram levados para instalações do CTA (Centro Tecnológico da Aeronáutica) que se situa na Rodovia dos Tamoios, em São José dos Campos, onde estão sendo analisados por militares dentro de um laboratório secreto de acesso restrito ali existente, no subsolo. Os seres foram levados para a UNICAMP e entregues ao famoso médico legista Dr. Fortunato Badan Palhares que, juntamente com o Dr. Conradin Metz e uma equipe especial de civis e militares, iniciou as autópsias e estudos científicos nas criaturas. Segundo consta, na UNICAMP há um laboratório secreto, de acesso restrito, no subsolo do Hospital das Clínicas. Também informaram que existe outro laboratório secreto no subsolo do prédio de Biologia. 
Parte 4
Fortunato Badan Palhares
Há evidências que reforçam a suspeita de que, no mínimo, uma criatura estava viva. Primeiro vem o fato de que um ser chegou dentro de uma caixa metálica contendo furos (cadáver respira?). Mais suspeito ainda é que, segundo o que foi apurado, a equipe de Badan Palhares teria pedido vários alimentos diferentes – o que gerou piadinhas entre os funcionários: “Devem estar testando qual o tipo de comida os cadáveres mais gostam”. Uma dessas fontes da UNICAMP chegou a repetir textualmente um comentário de Badan na ocasião: “Na hora em que os militares abrirem as portas, eu duvido que consigam ficar um minuto sequer frente a frente com essa criatura”. No mínimo Badan se referia ao aspecto horroroso e cheiro insuportável. Uma outra criatura morta teria sido levado a uma das geladeiras do IML (Instituto Médico Legal) situado no necrotério do cemitério dos Amarais. Várias testemunhas informaram que nunca tinham visto esse local tão bem guardado como nos meses de fevereiro, março e abril de 1996. Também a quantidade de militares que foram visto nesse período circulando pela UNICAMP foi extremamente anormal.
A existência desses laboratórios militares secretos, de acesso restrito, situados em subsolos, até a pouco tempo, era desconhecida. Dizem que estão equipados com tecnologia de primeiro mundo, e as poucas pessoas que tem acesso a eles entram utilizando cartão magnético e impressão digital.
Ainda no dia 23 de janeiro de 1996, um avião Búfalo sai da Base Aérea de Canoas no Rio Grande do Sul. Em seu interior havia três “containers”, uma caixa e vários militares. No primeiro “container” havia os geradores, no segundo o equipamento de recepção e computadores e, ainda, no terceiro uma pequena oficina portátil. Na caixa havia uma antena desmontada. Em outras palavras: um sofisticado radar portátil. O avião seguiu para o sul de Minas. Esse radar deve ter sido instalado em alguma região ou cidade próxima a Varginha. Vale ressaltar que naqueles dias aconteciam verdadeiras revoadas de UFOs na região, com vários avistamentos, perseguições de carros e de pessoas quase diariamente. Será que essa situação era motivada pelos resgates e capturas de seres supostamente alienígenas? Militares de dentro da ESA informaram que, em certa noite, chegaram a ficar bastante preocupados, dada a forma maciça que o fenômeno se manifestava. Alguns oficiais mais “alarmistas” ficaram preocupados com a hipótese de uma retaliação por parte dos seres extraterrestres.
No dia 26 de janeiro de 1996, militares norte-americanos, inclusive alguns que atuam na NASA, chegaram à UNICAMP. Oficialmente iriam selecionar cientistas brasileiros para participarem de futuras missões espaciais com os norte-americanos – missões essas que jamais aconteceram. O fato é que esses cientistas norte-americanos começaram a trabalhar em conjunto com os militares brasileiros dentro do laboratório. Lógico... o fato de ser justamente nos locais onde três dias atrás levaram as criaturas capturadas é mera coincidência.
Secretário de Estado dos EUA Warren Christopher
Mais coincidência ainda é o fato que, no dia 01 de março de 1996, os governos do Brasil e Estados Unidos assinaram um acordo de cooperação para uso pacífico do espaço exterior. O administrador da NASA, Daniel Goldin, veio ao Brasil e visitou o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), de São José dos Campos. Chegou com a comitiva do Secretário de Estado, Warren Christopher, que formalizou o acordo com o Ministro das Relações Exteriores, Felipe Lampreia. Um dia antes da ida a Campinas do Alto Comando e do Ministro do Exército, o prefeito daquela cidade paulista, Adalberto Magalhães Teixeira, achava-se internado exatamente no Hospital das Clínicas da UNICAMP. Estranhamente, sua esposa, senhora Thereza Christina Strarace Magalhães Teixeira, foi impedida de entrar para visita-lo. Ao passo que as visitações deveriam encerrar-se às 20:30 horas e o hospital fechara as portas bem antes das 20:00 horas. O que estava acontecendo para se chegar a impedir que até a esposa do prefeito entre para ver seu marido?
Mas outros fatos alarmantes passaram ocorrer... e o mais dramático deles envolveu o policial militar P2 Marco Eli Chereze, que teria capturado um ser no Jardim Andere, em Varginha, às 20:00 horas do dia 20 de janeiro, junto do cabo Eric Lopes (posteriormente foi possível descobrir o nome do parceiro de Chereze através da escala daquela noite). Como já havia sido mencionado, Marco Eli Chereze tinha apenas 23 anos e gozava de excelente saúde. Porém, 16 dias após ter capturado a criatura sem quaisquer proteções como luvas, no dia 06 de fevereiro de 1996, Marco procurou tenente-médico, na sede do 24º Batalhão de Polícia Militar, para uma consulta. Motivo: surgira um estranho “furúnculo” na axila direita.
No dia 07 de fevereiro de 1996, Marco Eli Chereze voltou ao quartel e foi submetido a uma cirurgia que consistiu na abertura do “furúnculo”. Após a pequena cirurgia, o tenente-médico mandou que o soldado Chereze voltasse para a sua casa e, caso houvesse febre, tomasse “AS”.
Três dias depois da pequena cirurgia, o soldado Macro Eli Chereze começou a sentir muitas dores, além de febre, que era constante. Dirigiu-se até a clínica de atendimento da cidade, onde lhe receitaram um analgésico. Não suportando o estado febril e muitas dores, ele procurou a Prontomed, ainda no dia 11 de fevereiro de 1996, onde foi internado no Hospital Municipal Bom Pastor, com suspeita de problemas na coluna.
Soldado Marco Eli Cherezi
Na segunda-feira, dia 12 de fevereiro de 1996, encontrava-se com fortes dores. Na papeleta de internação, constava prescrito um analgésico. Dormia o tempo todo. A região dos rins estava inchada e com grande sensibilidade à dor. No dia seguinte, nada conseguia comer, apenas tomava café com leite. Foi sugerido pelo médico atendente que se fizesse uma radiografia. A ausência de apetite aumentava, sem que ele se alimentasse. No dia 14 de fevereiro, foi levado para o Centro de Tratamento Intensivo e, no mesmo dia, os familiares foram informados que ele possuía uma infecção, cujo foco ainda não havia sido descoberto, mas que várias radiografias haviam sido feitas para a devida auscultação. Na manhã do dia 15 de fevereiro, transferiram-no para o Hospital Regional do Sul de Minas. O médico que o acompanhava no CTI garantiu que não havia quaisquer riscos de vida, ministrando antibióticos e alegando que ele se encontrava bem. O único foco de infecção tratava-se da cirurgia sob a axila direita. Por volta das 11:00 horas da manhã, mudou seu discurso informando que o caso era bastante grave.
Segundo o médico, a infecção havia se generalizado. As chances de sobrevivência eram de apenas 10% e Marco Eli Chereze entrava em coma. Seus pés e braços apresentavam manchas roxas. Por volta de 11:30 horas, do dia 15 de fevereiro de 1996, o soldado Marco Eli Chereze falecia. Foi apontado como causa da morte uma infecção generalizada, septicemia agravada por pneumonia bacteriana, que culminou por insuficiência respiratória aguda. A família inconformada com a morte do jovem, que era de uma saúde invejável, pediu abertura de inquérito policial para se apurarem as causas de sua morte. O interessante é que o médico que cuidara dele até o óbito havia dito para a família enterra-lo logo. Porque será? O exame hematológico do Laboratório de Análises Clínicas do Hospital Bom Pastor, de Varginha, datado de 23 de fevereiro de 1996, acusou a “presença de granulações tóxicas finas em 8% nos neutrófilos – discreta poiglilocitose – presença de vacúolos citoplasmáticos”... trocando em miúdos: havia 8% no sangue de um elemento tóxico e que atacou seus glóbulos vermelhos. A grande pergunta é: será que isso tem qualquer relação com o fato de Marco Eli Chereze ter capturado uma estranha criatura – talvez um tripulante de UFO acidentado – sem quaisquer proteções?
Marco Eli Chereze só tinha 23 anos e era casado. Ele era um verdadeiro atleta. Meses antes de participar da captura da estranha criatura, ele fez exames para cabo e em seguida para sargento. Foi aprovado em tudo, inclusive nos exames médicos.
Sua esposa confirma que no dia 20 de janeiro de 1996, diante daquele imenso temporal, Marco havia trabalhado até tarde. Afirma até hoje que o marido nada comentou a respeito de sua participação em algum evento incomum. Mas também admite que ele não costumava comentar detalhes do que passava no serviço. Neste ponto ele era extremamente reservado. Porém, falou que Marco Eli Chereze não gostava de que se tocasse no assunto do “ET de Varginha” quando ele ganhou manchetes de destaque em todo o país. Quando as primeiras notícias foram para o ar, sobre as capturas das estranhas criaturas, seu pai chegou a dizer que achava isso tudo uma mentira... foi quando o Marco ficou sério e disse que não era mentira, que isso é muito sério e ia dar muito o que falar. Depois desse dia, Marco Eli Chereze não aceitava que se tocasse no assunto perto dele.
Dona Terezinha Clepfi
Na noite do dia 21 de abril de 1996, estava acontecendo uma festa de aniversário de um secretário municipal de Varginha. A festa era no Restaurante Paiquerê, instalado em meio ao horto do Jardim Zoológico de Varginha. E nesta comemoração estava presente a senhora Terezinha Clepf, à época com 65 anos, e seu esposo, o senhor Marcos Clepf, ex-vereador da cidade. O Restaurante Paiquerê fica em um plano elevado e, para que se chegue a ele, há uma escada de cimento com vários degraus. Antes da porta principal existe uma varanda, cercando a frente e as laterais do restaurante, delimitado por uma grade de canos e tela com cerca de 1,6 metros de altura.
Por volta das 21:00 horas, a senhora Terezinha resolveu sair 
na varanda para fumar, pois no pequeno grupo de amigos da mesa na qual se encontrava ninguém era fumante. A noite estava escura e, ao olhar para o lado esquerdo, a quatro metros de distância, ela viu uma estranha criatura. Conforme seu relato, só foi possível ver o ser do pescoço para cima, no parapeito da varanda. A criatura era muito semelhante às descrições obtidas pelas meninas e pelos bombeiros: cor marrom escuro, brilhante, tinha a pele oleosa, o rosto redondo, não tinha bochechas, nem barba, nem bigode, ou nariz e, no lugar dos lábios, havia apenas um pequeno corte. A escuridão era enorme, mas pôde reparar no ser porque, inusitadamente, seus enormes olhos vermelhos emitiam luminescência, “... como se fossem faróis traseiros de carro”. A criatura achava-se sobre a mureta, do outro lado da grade e segurando-se nesta, imóvel. A senhora Terezinha levou um enorme susto e focou estática, parada. A criatura também estava olhando fixamente para a senhora Terezinha e permanecia imóvel, sem fazer um único movimento sequer ou emitir qualquer ruído.
Parte 5
A criatura descrita por Dona Terezinha Clpf
Assustada, a senhora Terezinha entrou no restaurante e ficou calada, ainda sob o forte impacto emocional do que acabara de ver. Logo depois ela retornou à varanda e, aterrorizada, percebeu que a criatura continuava lá, olhando diretamente para ela. Desesperada, ela voltou a entrar no restaurante e nem voltou a se sentar na mesa, pois puxou imediatamente o seu marido pelo braços. O Sr. Marcos ficou surpreso com a insistência da esposa por saírem imediatamente dali. A senhora Terezinha estava bastante nervosa. Somente quando o casal já estava no carro voltando para casa é que a senhor Terezinha contou para seu esposa o que tinha avistado. Ainda hoje a senhora Terezinha apresenta sinais de intranqüilidade quando pensa naquele estranho ser que fitara naquela noite.
Coincidência ou não, desde o início de abril de 1996, alguns animais foram encontrados mortos no Jardim Zoológico de Varginha. No espaço de poucos dias, morreram uma anta, dois veados, uma onça jaguatirica e uma arara. O veterinário Marcos Araújo Carvalho Mina não encontrou uma causa nas necropsias. As vísceras foram enviadas para Belo Horizonte e os achados de necropsia não indicaram a causa mortis.
Leila Cabral, bióloga e diretora do zoológico, acha inexplicável que seus animais, que comiam alimentos diferentes, balanceados e, ainda, viviam em espaços físicos distanciados entre si, tenham morrido da noite para o dia sem antes apresentarem qualquer sintoma de doença. O fato é que ocorreu uma morte em série, o que sob aspecto “... nos apavorou, pois nunca tinha ocorrido antes”, frisa a bióloga. Alguns dos cinco animais apresentaram lesão intestinal. O laboratório SAVE, de Belo Horizonte, examinou as vísceras e apresentou um atestado firmados pela doutora Elaine Maria Santos Gomes, com o resultado de que os achados sugerem a presença de um tóxico cáustico. O veterinário Marcos Mina não se convence diante da hipótese de envenenamento por algum produto conhecido, pela ausência de conclusão objetiva, vez que os achados apenas sugeriam a presença de tóxico cáustico – parte dos animais apresentava hemorragia difusa. A grande questão é: a contaminação desses animais teria a mesma origem daquela contaminação que matou rapidamente o soldado Marco Eli Chereze? Como podemos observar, estamos diante de um emaranhado de eventos que parecem ser de enorme gravidade e que, infelizmente, é mantido na mais absoluta revelia da população.
Ubirajara no local onde o ser foi visto por dona Terezinha
No dia 28 de abril de 1996, a senhora Luiza Silva, mãe de Valquíria e Liliane, duas das meninas que haviam avistado a criatura num terreno, no dia 20 de janeiro, recebeu uma visita um tanto quanto inusitada. Eram por volta das 22:00 horas da noite quando bateram palmas no seu portão. Luiza abriu uma das janelas e levou um pequeno susto. Havia quatro homens, sendo que um já descera a rampa de cimento rústico e se preparava para bater à porta e os outros três também já estavam entrando no seu quintal.
Mesmo avisados de que se tratava já era tarde e estavam se preparando para ir dormir, os quatro entraram. Sentaram-se no sofá da sala. Insistiram com veemência na necessidade de as três garotas (as duas filhas de Luiza e, ainda, a amiga Kátia) voltarem urgentemente atrás nos seus depoimentos públicos. Deveriam gravar uma entrevista de televisão em uma grande rede de TV brasileira onde diriam que cometeram um engano, que não haviam avistado o que diziam, e de nada tinham certeza. Uma quantia em dinheiro, que não foi especificada exatamente quanto, suficiente à independência econômica da família seria depositada em poupança em nome de dona Luiza. Exigiram segredo absoluto. A entrevista seria gravada e jogada a público, de forma a desmentir o avistamento. Dona Luiza se sentiu constrangida e amedrontada. Apenas um deles falava. Os demais ficaram absolutamente quietos, com apenas um outro anotando o que era dito.
Dona Luiza não teve escolha, a não ser dizer que pensaria com carinho na proposta. Antes haviam dito que sabiam perfeitamente de sua situação financeira modesta, que a família necessitava de dinheiro inclusive para quitar dívidas referentes ao pequeno imóvel que possuía. Tudo deveria ser desmentido, contrariamente ao que os ufólogos brasileiros afirmavam, e nisto foram bastante objetivos e claros. Nem sequer deram nomes, recusando informar qualquer coisa que levasse à suas identificações. Foi prometido que voltariam. Não permitiram que ela os acompanhasse até a rua. Evitaram que Luiza observasse com maiores detalhes, inclusive o automóvel que utilizavam. O carro parara mais adiante e arrancou com pressa. Sentindo-se frágil, ela procurou logo na manhã seguinte os ufólogos. No mesmo dia, a imprensa noticiava com destaque e em edições especiais a visita inesperada. Era a única forma de se evitar qualquer eventual possível assédio mais incisivo ou hostil.
Dona Luiza, mãe de Valquíria e Liliane
E não parou por aí. No ano seguinte, dia 18 de janeiro de 1997 (faltando dois dias para o primeiro aniversário do dia “D” em Varginha – 20 de janeiro de 1996), Dona Luiza teve de permanecer até mais tarde no emprego. Ela trabalhava como doméstica e seus patrões tinham um compromisso social. Finalmente, por volta das 02:00 horas da manhã, pôde voltar para casa e pretendia apanhar um táxi na praça central da cidade, à avenida Rio Branco. Como não possuía dinheiro para tanto, resolveu voltar a pé. Tirou os sapatos, que a incomodavam, para caminhar mais depressa. Não havia ninguém na rua. Raramente passava um ou outro carro. Um automóvel de cor preta aproximou-se devagar, dirigido por um homem e trazendo um outro no banco de trás. Pararam e não ofereceram carona, mas disseram imperativamente que iriam lhe dar uma carona. Assustada, olhou para os lados para ver se algum fortuito transeunte poderia lhe servir de escudo contra aquela gentileza preocupante. Não houve alternativa. O motorista saíra do automóvel, abrira a porta de passageiro do lado do motorista e aguardou que ela entrasse. E naquele momento dona Luiza reconheceu seu benfeitor: era o líder dos quatro visitantes de antes e que lhe havia feito a proposta de levar as suas filhas na TV e desmentir tudo.
O automóvel tomou o rumo do Bairro da Vargem, saindo da cidade. Com menos de um quilômetro de estrada de terra, parou próximo a uns arbustos. Estava escuro e sem Lua. Acionou uma luz lateral na parte interna da capota. “A senhora nos conhece, está lembrada de mim? A gente já esteve na sua casa. Jamais vamos fazer algum mal para a senhora”. O cidadão do banco de trás não pronunciava qualquer palavra, jamais disse algo desde o início daquele inesperado e nervoso encontro. Trajava terno escuro, aparentemente de cor preta. Ambos eram de pele clara. Seu interlocutor possuía a pele do rosto um pouco sardenta e o cabelo castanho claro, de corte cheio, com duas proeminentes entradas laterais. Aparentava cerca de 47 anos de idade.
“Fique calma, que a gente não fazer nada com a senhora. Queremos pedir segredo, mas daquela vez a senhora acabou conversando com os ufólogos e foi para a imprensa. Não sei porque, mas a senhora acabou falando, precipitou-se. Agora a gente vai falar mais a sério com a senhora, pode ficar tranqüila e confiar na gente”.
Parte 6
É óbvio que aqueles homens desejavam, de qualquer maneira, convence-la a se sujeitar a um plano de reconsideração do que ela e as filhas vinham afirmando publicamente. E o fazia utilizando-se de uma mansidão destinada a convencer uma modesta cidadã. Para que ficasse mais tranqüila, prometeu que a tal entrevista seria então gravada na própria cidade de Varginha, em um local discreto e previamente preparado. Para tanto, as três garotas afirmariam que haviam fantasiado ao avistarem o que viram; confundindo, por exemplo, um amigo que se vestira estranhamente com a finalidade de assustá-las, ou algo mais ou menos parecido com isso. Ainda, frisou com veemência que o dinheiro que receberiam valeria a pena. Aquele estranho homem, inclusive, sugeriu que fosse dito na entrevista que elas nunca haviam sugerido que se tratava de seres de outro planeta, mas os ufólogos é que começaram a afirmar tal coisa.
Logo em seguida, o homem apanhou duas fotografias no console de trás, do meio dos bancos, mostrou para Dona Luiza. Ela se assustou novamente, ao ver a foto de uma criatura. As fotografias estavam copiadas em papéis de tamanho ofício, sendo que uma era na vertical e a outra na horizontal. Numa foto em preto em branco havia uma criatura deitada, aparentemente morta, sobre o que parecia ser uma mesa ou maca. Não se distinguia o fundo, estava esfumaçado, portanto desfocado, com o objeto principal em primeiro plano. O ser possuía caroços grandes, como pelotas, na cabeça. A fotografia fora tirada de lado, com a lateral direita da criatura visível, de corpo inteiro. Possuía três dedos compridos, muito grandes. Pernas muito finas e pés gigantescos. O braço estendia-se até bem abaixo do joelho. Ele estava sem qualquer roupa.
Já a outra foto era em cores e mostrava uma criatura idêntica de pé, aparentemente viva, com olhos saltados e vermelhos, arregalados e de lábios muito finos, esticados anormalmente para os lados, como se a boca se estendesse. Luiza não se lembra de ter percebido orelhas. O pescoço emendava-se com os ombros e não foi possível perceber qualquer órgão genital. Parecia encostar-se numa parede de tijolinhos, sem reboco. Segundo o interlocutor, o ser deitado estava embalsamado e o de pé estava vivo. Ainda, ele olhou bem para Dona Luiza e disse que ela prestasse bastante atenção naquelas fotos e percebesse como, se fosse admitido a existência de tais criaturas, o pânico seria inevitável e iminente, dado suas aparências repugnantes. Dona Luiza suplicou dizendo que não poderia fazer isso, pois pegaria mal para todos. Ainda, insistiu que suas filhas jamais falavam mentira e seria um absurdo pedir para elas mentirem agora. Ainda, Dona Luiza tratou de questioná-los: “Porque não jogam limpo, se tudo isto é verdade?”. A irritação do homem foi evidente ao ouvir a pergunta de Dona Luiza. Chegou inclusive a dizer que ela estava fazendo muitas perguntas e que quem fazia perguntas eram eles.
Durante toda a enervante conversa, Dona Luiza insistiu sobre de quem se tratavam, de onde eram, porque se insistiam tanto por esconder os fatos. Não lhe responderam. O ocupante do banco de trás permaneceu o tempo inteiro no mais absoluto silêncio. Segundo o relato de Dona Luiza, diversas vezes ela implorou para que a deixassem ir e não pretendessem que as filhas mentissem. Em tais ocasiões utilizava a expressão: “Pelo amor de Deus”. E foi nesses momentos que os homens tinham uma reação bastante hostil: “Pare de falar pelo amor de Deus toda hora!!!! Confie em nós”. E após ter sido bastante incisivo em determinar que parasse com aquele tipo de súplica, continuou insistindo para que fizessem uma entrevista desmentindo tudo. Obviamente reforçando que ela receberia em dólares por isso, embora jamais mencionou o valor dessa “bonificação”.
Cansada e querendo se livrar o mais rápido possível da situação, Dona Luiza forneceu o telefone da residência onde trabalhava como doméstica e, ainda, prometeu que iria falar com suas filhas sobre o assunto. Disse posteriormente que achava seus visitantes muito chiques, vestindo-se bem. No tocante às fotos, Dona Luiza acredita que não se tratavam de desenhos, mas realmente de fotografias, por várias razões. Acha que não se pode comparar com desenho. Ficou inclusive impressionada pelo brilho que a pele da criatura, supostamente viva na foto, apresentava. Ao final, Dona Luiza foi deixada relativamente longe de sua casa. Ela acabou chegando em casa por volta das 05:00 horas da manhã. Vários desenhos foram mostrados para Dona Luiza a fim de que ela apontasse qual era o mais parecido com o ser das fotos, mas Dona Luiza falou que nada se comparava com que haviam lhe mostrado.
Além de ser questionável se tais fotos eram mesmo fotografias dos seres que foram capturados ou apenas desenhos elaborados e bastante realistas, fica a grande questão: Quem são eles? Agentes secretos? Agentes militares? Agentes de instituições moralistas e religiosas que se sentiram melindradas em suas crenças com os testemunhos daquelas garotas na mídia? A verdade é que não há maiores elementos que nos possam auxiliar num julgamento. Apenas temos os fatos e eles são esses que foram expostos. A verdade é que qualquer hipótese é perfeitamente plausível e carecemos de maiores esclarecimentos. O interessante é que, o mesmo cidadão que abordou Dona Luiza duas vezes na tentativa de convencê-la a fazer suas filhas desmentirem tudo, chegou a procurar a sua patroa e pedido para ajudar a convencer a empregada a levar as filhas dela na TV e “esclarecer tudo”. Tal como fez com Dona Luiza, não se identificou para a sua patroa. Já a patroa de Dona Luiza ficou pasma e tratou de procurar Ubirajara Rodrigues para contar tudo. Será que uma agência de inteligência usaria tal “última cartada” pelo desespero de ver que suas tentativas foram infrutíferas? Não parece ser um bom método para um órgão dessa natureza. Realmente muito estranho...
General Sérgio Lima - Comandante da Escola de Sargento das Armas
No dia 04 de maio de 1996, às 17:00 horas, em uma reunião histórica na casa de Ubirajara Rodrigues, em Varginha, com 48 pessoas presentes, entre ufólogos e jornalistas, a Dona Luiza com suas filhas, Liliane e Valquíria, informaram a imprensa a tentativa de suborno por parte de quatro desconhecidos (a primeira abordagem). Os ufólogos revelaram à imprensa presente as informações mais recentes, bem como também os nomes dos militares que comandaram as operações em Varginha. Era jornalista ligando em seus celulares para todos os cantos. Os responsáveis pela ESA não sabiam o que dizer. O clima esquentou. Muitos ficaram assustados. Nos dias seguintes, todos ficaram na expectativa do que iria acontecer.
Resultado: dia 08 de maio de 1996, às 11:00 horas, o Comandante da ESA, o general de brigada Sérgio Pedro Coelho Lima, reuniu toda a imprensa e leu uma nota de esclarecimento, informando que nenhum elemento ou material da Escola de Sargentos das Armas teve qualquer ligação com os fatos aludidos. Ao terminar, o repórter da EPTV perguntou onde estavam os outros militares que foram citados. Ele respondeu que estavam trabalhando, em prol do Exército e em prol da nação. Questionado, ele apenas disse que se limitaria ao que foi lido na nota. Assim, o general Lima virou as costas e saiu, deixando os repórteres totalmente convencidos de que realmente algo muito grave aconteceu em Varginha.
No dia 11 de maio de 1996, o Dr. John Mack, um professor de psiquiatria da Havard Medical School, nos Estados Unidos, veio até o Brasil e foi para Varginha acompanhado pela psicóloga Gilda Moura. O Dr. Mack, além de ser psiquiatra, tem pós-doutorado (PhD) na área. Ele é autor do livro “Abduction – Human Encounters With Aliens”, e também foi protagonizado por um artista no papel principal do psiquiatra no filme “Intruders”. Depois de muitas horas de perguntas com Liliane, Valquíria e com Dona Luiza, ficou convencido da legitimidade de seus relatos. “Renunciaria a minhas credenciais universitárias caso as meninas estivessem inventando estória”, afirmou. Ainda, o Dr. Mack também interrogou a senhora Terezinha e concluiu, tal qual com as meninas, que estava falando a verdade e que realmente viu uma criatura completamente estranha. Para a ufologia brasileira e internacional, uma conclusão favorável do Dr. Mack é de suma importância e garante grande credibilidade.
O Psiquiatra e Ufólogo John Mack entravista Liliane e Valquíria
No dia 29 de maio de 1996, em quase que total sigilo, pela primeira vez na história do Brasil, um ministro de Estado se reúne com o Alto Comando fora de uma capital. Um fato histórico. O ministro do Exército Zenildo Zoroastro de Lucena, juntamente com 29 generais, incluindo o chefe do Estado Maior, general Délio de Assis Monteiro, o comandante militar do Sudoeste, general Paulo Neves de Aquino, os chefes de diretoria e departamentos e os oito comandantes militares de área se reuniram em Campinas, para cumprir uma pauta que poderia tranqüilamente ser cumprida por militares de menor escalão. Visitaram a Escola Preparatória de Cadetes do Exército para avaliar o projeto EsPCEx 2000, que visa a informatização da educação e a criação de um ambiente de ensino moderno para os cadetes, bem como a implantação do sistema de monitoramento por satélite. Depois visitaram o 28o BIB (Batalhão de Infantaria Blindado) para avaliarem os 16 computadores já adquiridos de um total de 26, que visam gerar procedimentos administrativos e preparo de soldados. Daí, foram para a Embrapa conhecer o sistema de informação geográfica. No dia seguinte, foram para a cidade de Pirassununga, próximo à Campinas, no 2o Regimento de Carros de Combate, uma unidade da 11a Brigada de Infantaria Blindada, para acompanharem as obras que estão sendo realizadas para o recebimento de 40 carros de combate Leopardo, de fabricação alemã, adquiridos recentemente. Não resta nenhuma dúvida de que todos esses militares estiveram em Campinas para conhecerem as estranhas criaturas. Devem ter feito isso de madrugada, longe da imprensa.
Militares de diversos lugares do Estado de São Paulo, inclusive do litoral, informaram os ufólogos que nos dias que antecederam a visita do ministro em Campinas, foram realizadas diversas reuniões em Campinas, em Pirassununga, em Bragança Paulista, e provavelmente também em outros estados, envolvendo militares do alto escalão. Disseram que todo mundo queria ir a Campinas para olhar as estranhas criaturas. Chegou até a ocorrer divergências e desentendimentos entre alguns militares.
Encerramos aqui a explanação sobre o Caso Varginha. Não resta dúvidas de que tudo isso é verdadeiro para a ufologia mundial e, ainda, é apenas a ponta do “iceberg” de como o fenômeno UFO afeta e é tratado pelos governos mundiais. Infelizmente, ainda há uma política mundial de se negar eventos de tal envergadura e, ao que tudo indica, são ditados pelos Estados Unidos. Fica nas “entrelinhas” de todo esse emaranhado de fatos que, talvez, os Estados Unidos tenham pressionado o Brasil quando nossos militares capturaram as criaturas e resgataram destroços de naves extraterrestres.
 
 

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