A cidade de Ingá está localizada a aproximadamente 95,6 km da
cidade de João Pessoa. É uma cidade tranquila de gente amiga e hospitaleira, que abriga um dos maiores enigmas da humanidade.
A pedra do Ingá, o sítio arqueológico mais famoso do mundo.Mas, o que está pedra tem de tão interessante? Quem foi o autor destes curiosos símbolos? Como explicar a semelhança gráfica entre Ingá e a ilha de páscoa?
Embarque numa viagem ao passado e ajude-nos a decifrar o enigma da pedra.
Extraterrestre
Para
muitos, as gravuras do Ingá não passam de sinais deixados por
extraterrestres em passagem pela região. Não é a toa que o local ainda
hoje recebe visitas de grupos esotéricos que buscam evidências da
presença alienígena por aquelas bandas. Desenhos que lembram estrelas e
constelações são um prato cheio para quem defende a teoria ufológica.
Seja como for, até hoje não se obteve ainda uma resposta definitiva
sobre as Itacoatiaras que, pelo que parece, guardará seu segredo ainda
por muitos anos.
Em nosso estado, este tipo de testemunho foi, ao longo dos tempos, descrito por estudiosos e ensaístas que se embrenharam pelos sertões, dando valorosas contribuições para a arqueologia. Cabe-nos destacar, dentre outras, as pesquisas de Louis Jacques Brunet (1853), Luciano Jacques de Moraes (1924), José de Azevedo Dantas (década de 1920), Pe. Luiz Santiago (década de 1930), Luiz Galdino (à partir da década de 1970) e Ruth Trindade de Almeida, que na década de 1970 compilou suas pesquisas no livro ‘A Arte Rupestre nos Cariris Velhos’ (1979), mencionando não só as gravuras como também diversos sítios arqueológicos de pinturas rupestres desta mesorregião do Estado.
No entanto, dois trabalhos acerca da temática têm chamado a atenção pela sua contribuição à metodologia arqueológica. São os livros ‘Ocorrências de Itacoatiaras na Paraíba’(2007) do arqueólogo Juvandi Santos e ‘A Pedra do Ingá: Itacoatiaras na Paraíba’(2ªed. 2008) do historiador e Presidente da Sociedade Paraibana de Arqueologia Vanderley de Brito.
Juvandi objetiva “...mostrar a existência de sítios arqueológicos em todo o estado da Paraíba”, elencando sítios representativos de cada mesorregião, dando início a uma sistematização identitária das gravuras à partir do aporte geográfico. Já Vanderley faz um interessante estudo inserindo a Pedra do Ingá em uma estrutura, pondo-a em paralelo com outros 24 sítios de gravuras rupestres na Paraíba, despindo-a de todas as teorias fantasiosas que se apropriaram da opulência da Itacoatiara do Ingá para corroborar com as excêntricas teorias anti-científicas. Com isso, além de provar que as inscrições são obras de paleoíndios, Brito acaba por discernir sobre as técnicas destes vestígios, inaugurando uma metodologia que vem sendo empregada nas novas pesquisas sobre gravuras.
Estes dois trabalhos são de grande importância para os estudos arqueológicos da Paraíba, sobretudo pelo seu caráter conclusivo, formulando teorias sobre a feitura e execução destes registros, contrariando outros trabalhos que se debruçam no cômodo lugar do simples descrever. Com isso, Brito e Santos inauguram o seleto grupo de teóricos da arqueologia da Paraíba, sobretudo das itacoatiaras paraibanas.
Pedra do Ingá - PB
Arqueologia da Paraiba
Paraiba.com.br
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