Fonte: Portal Globo
Por Cássio Barbosa
Nem todas as estrelas conseguem formar um sistema planetário. Em princípio, a mesma nuvem de gás, poeira e gelo que forma uma estrela pode formar planetas. Mas isso depende de algumas características da nuvem e da própria estrela formada. Uma estrela que acumule muita massa após sua formação, acaba destruindo sua nuvem materna muito rapidamente. Assim não dá muito muito tempo para o material se agrupar em planetas e todo o material acaba assoprado para longe, literalmente. Além de problemas em casa, uma vizinhança ruim também atrapalha.
Já foi discutido, e até mesmo provado, que estrelas com muita massa se formam primeiro em um aglomerado. Com a radiação e principalmente os ventos intensos que esse tipo de estrela emite, outras estrelas começam a se formar. A nuvem de gás começa a ser comprimida por ação desses ventos e, em diversos pontos, outras estrelas se formam. Só que o mesmo processo que faz nascer outras estrelas impede que planetas sejam formados.
Depois que uma estrela se forma sobra um disco de gás, poeira e gelos de vários tipos, chamado protoplanetário. Desse material é que se formam os planetas e aos poucos esse disco é evaporado pela própria estrela. Mas se esse sistema estiver muito próximo de uma estrela com muita massa, que deve ser muito quente e emitir muita radiação, essa vizinha incômoda e invejosa destrói o disco protoplanetário e lá se vão os planetas.
Esta imagem do telescópio espacial Spitzer mostra bem isso.
Mais ou menos no centro dessa imagem aparece uma estrela branca: ela é a tal invejosa que nunca teve nem terá planetas, e não é difícil de encontrar as pobres estrelas com discos protoplanetários sendo assoprados. De tão forte que são os ventos da estrela massuda, os discos são destruídos tão violentamente que as estrelas menores onde eles estavam se parecem com cometas. A cauda que se vê nessas imagens iria virar planeta, se tudo corresse bem. Essa imagem ainda mostra um arco de vermelho. Esse arco é o material que formou o próprio aglomerado que está sendo empurrado pela estrela do centro. Quer dizer, além de destruir a criação de outros planetas, uma estrela massuda também impede a formação de outra geração subseqüente de estrelas.
Quando fazemos estimativas do número de estrelas capazes de formar e sustentar planetas, chegamos a números muito promissores. Isso por que os tipos de estrela que podem gerar planetas são os mais comuns no universo. Por outro lado, esse número não deve ser tão otimista assim, pois quase nunca se considera a presença de estrelas quentes por perto. Em aglomerados com estrelas desse tipo é bem provável que planetas sejam raridade, se é que possam existir.
Por Cássio Barbosa
Vizinhança perigosa
Nem todas as estrelas conseguem formar um sistema planetário. Em princípio, a mesma nuvem de gás, poeira e gelo que forma uma estrela pode formar planetas. Mas isso depende de algumas características da nuvem e da própria estrela formada. Uma estrela que acumule muita massa após sua formação, acaba destruindo sua nuvem materna muito rapidamente. Assim não dá muito muito tempo para o material se agrupar em planetas e todo o material acaba assoprado para longe, literalmente. Além de problemas em casa, uma vizinhança ruim também atrapalha.
Já foi discutido, e até mesmo provado, que estrelas com muita massa se formam primeiro em um aglomerado. Com a radiação e principalmente os ventos intensos que esse tipo de estrela emite, outras estrelas começam a se formar. A nuvem de gás começa a ser comprimida por ação desses ventos e, em diversos pontos, outras estrelas se formam. Só que o mesmo processo que faz nascer outras estrelas impede que planetas sejam formados.
Depois que uma estrela se forma sobra um disco de gás, poeira e gelos de vários tipos, chamado protoplanetário. Desse material é que se formam os planetas e aos poucos esse disco é evaporado pela própria estrela. Mas se esse sistema estiver muito próximo de uma estrela com muita massa, que deve ser muito quente e emitir muita radiação, essa vizinha incômoda e invejosa destrói o disco protoplanetário e lá se vão os planetas.
Esta imagem do telescópio espacial Spitzer mostra bem isso.
Mais ou menos no centro dessa imagem aparece uma estrela branca: ela é a tal invejosa que nunca teve nem terá planetas, e não é difícil de encontrar as pobres estrelas com discos protoplanetários sendo assoprados. De tão forte que são os ventos da estrela massuda, os discos são destruídos tão violentamente que as estrelas menores onde eles estavam se parecem com cometas. A cauda que se vê nessas imagens iria virar planeta, se tudo corresse bem. Essa imagem ainda mostra um arco de vermelho. Esse arco é o material que formou o próprio aglomerado que está sendo empurrado pela estrela do centro. Quer dizer, além de destruir a criação de outros planetas, uma estrela massuda também impede a formação de outra geração subseqüente de estrelas.
Quando fazemos estimativas do número de estrelas capazes de formar e sustentar planetas, chegamos a números muito promissores. Isso por que os tipos de estrela que podem gerar planetas são os mais comuns no universo. Por outro lado, esse número não deve ser tão otimista assim, pois quase nunca se considera a presença de estrelas quentes por perto. Em aglomerados com estrelas desse tipo é bem provável que planetas sejam raridade, se é que possam existir.
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