11 novembro 2010

Sucessor do Hubble precisa de mais verba para ser feito

O satélite, chamado de James Webb,
 substituirá o Hubble em 2013
(Foto: Espacial News)
O sucessor do Hubble enfrenta problemas com a sua construção. Programado para entrar em operação daqui a cinco anos, o projeto do telescópio espacial James Webb carece de investimentos da ordem de US$ 1,5 bilhão.

No melhor cenário, ele deve custar o equivalente a US$ 6,5 bilhões --acima dos US$ 5 bilhões iniciais previstos dois anos atrás. O estudo foi feito a pedido da senadora democrata Barbara Mikulski, que é contra o projeto.

Outra dificuldade da Nasa (agência espacial norte-americana) é o prazo. O James Webb iria para o espaço em junho de 2014, mas devido à falta de verba, a data de lançamento foi postergada para setembro de 2015.

Para cumprir o calendário, seria necessário um adicional anual de US$ 200 milhões nos próximos anos. Chris Scolese, um dos envolvidos no projeto, comentou com jornalistas que será difícil angariar o dinheiro.

O Hubble, que entrou em órbita em 1990, tem sido fundamental nos avanços da astrofísica --o equipamento fotografou as primeiras galáxias. Já o James Webb será imensamente superior a seu antecessor.

Fonte: Folha.com

28 outubro 2010

Imagens permitem prever movimento de estrelas

Ilustração mostra mudança nas posições das estrelas de
 Omega Centauri. (Crédito: NASA/ESA/G. Bacon/STScl)
Astrônomos americanos usaram imagens feitas pelo telescópio espacial Hubble, da agência norte-americana Nasa, para prever os movimentos de um grupo de estrelas nos próximos dez mil anos.

O telescópio fez imagens do aglomerado globular Omega Centauri, um grupo de estrelas que chama a atenção de observadores desde que foi catalogado há 2 mil anos por Ptolomeu, entre 2002 e 2006.

Ao analisar as imagens deste período de quatro anos, os cientistas conseguiram registrar as medidas mais precisas já tomadas dos movimentos das mais de 100 mil estrelas do aglomerado, a maior pesquisa já feita para estudar o movimento dos astros em qualquer desses conjuntos.

Os astrônomos usaram as imagens em sequência para criar um filme mostrando os movimentos acelerados das estrelas do aglomerado. A simulação mostra o movimento projetado das estrelas nos próximos 10 mil anos.

"São necessários programas de computador de alta velocidade, sofisticados, para medir as mudanças minúsculas nas posições das estrelas, que ocorrem apenas em um período de quatro anos", afirmou o astrônomo Jay Anderson, do Instituto de Ciência Espacial Telescópica de Baltimore, nos Estados Unidos, um dos responsáveis pela pesquisa.

Anderson, afirmou que a "visão muito precisa do Hubble foi a chave para nossa habilidade de medir movimentos estelares neste aglomerado".

"Com o Hubble você pode esperar três ou quatro anos e detectar os movimentos das estrelas de forma mais acurada do que se você estivesse esperado 50 anos (usando um) telescópio na Terra", afirmou o astrônomo Roeland van der Marel, que também participou da pesquisa.

Hemisfério sul
Identificado como um aglomerado globular de estrelas em 1867, Omega Centauri é um dos cerca de 150 aglomerados deste tipo na Via Láctea.

O grande grupo de estrelas é o maior e mais brilhante aglomerado da galáxia. Ele é localizado na constelação de Centauro e é um dos poucos que pode ser visto a olho nu no hemisfério sul.

O astrônomo Ptolomeu catalogou Omega Centauri pela primeira vez há 2 mil anos. No entanto, ele pensou que o aglomerado era apenas uma estrela, pois não sabia que era, na verdade, um grupo de cerca de 10 milhões de estrelas orbitando em volta de um centro de gravidade comum.

As estrelas estão tão próximas umas das outras que os astrônomos tiveram que esperar pela criação e lançamento do telescópio Hubble para olhar no centro do grupo e analisar as estrelas individualmente. E a visão precisa do telescópio também permitiu aos cientistas medir o movimento de várias destas estrelas em um período relativamente curto de tempo.

Fonte: G1

06 setembro 2010

Fase final de nebulosa é fotografada pela Nasa

Como o combustível interno da estrela se esgotou, suas camadas são ejetadas e seu núcleo se resfria,
 sobrando apenas uma estrela anã de cor de branca. (Foto: Nasa, WFPC2, HST, R. Sahai and J. Trauger (JPL))
O telescópio Hubble, da Nasa (agência espacial americana), fotografou a fase final da vida de uma nebulosa que se parece com o Sol e se chama Ampulheta.

Como o combustível interno da estrela se esgotou, suas camadas são ejetadas e seu núcleo se resfria, sobrando apenas uma estrela anã de cor de branca.

A foto mostra anéis brilhantes e coloridos de gás. O vermelho representa o nitrogênio, o verde representa o hidrogênio e o oxigênio é mostrado pela cor azul.

A nitidez espetacular da imagem serve para estudar o mistério sobre a variedade de formas complexas e as simetrias das nebulosas planetárias.

Fonte: R7.com

19 agosto 2010

Efeito permite estudo de matéria escura

O aglomerado de galáxias Abell 1689 foi utilizado por uma equipe de astrônomos como uma lente gravitacional cósmica para o estudo da matéria escura pela primeira vez. O estudo foi divulgado nesta quinta-feira (19) é tema da próxima edição da revista Science.

Combinada com outra técnicas existentes, a experiência permitiu aperfeiçoar a medição de massa e energia no universo. A equipe foi liderada pelo cosmólogo da Universidade Yale Priyamvada Natarajan.

Com uso de dados fornecidos pelo Telescópio Espacial Hubble e de outros observatórios terrestres, os cientistas analisaram 34 galáxias do aglomerado localizado na direção da constelação de Virgem, a 2,2 bilhões de anos-luz da Terra. O trabalho permitiu detectar galáxias de fundo, opacas, cuja luz foi projetada e desviada pela influência gravitacional de Abell 1689.

O superaglomerado de galáxias Abell 1689, está a 2,2 bilhões de anos-luz da Terra e é um dos maiores conhecidos na atualidade. Por meio deste objeto, galáxias de fundo tiveram a luz projetada e desviada, sendo detectadas pelos telescópios e estudadas pela equipe liderada pelo cosmólogo Priyamvada Natarajan. (Foto: NASA, ESA, Eric Jullo / JPL, Priyamvada Natarajan / Yale, Jean-Paul Kneib / Université de Provence)
A energia escura é um dos principais mistérios da astronomia na atualidade. Descoberta em 1998, não pode ser vista, mas possui influência gravitacional e representa 72% de toda massa e energia detectada no universo. Cientistas acreditam que a pressão exercida pela matéria escura seria o motivo para a expansão acelerada do universo.

O efeito da lente gravitacional foi previsto pelo Albert Einstein durante a elaboração da Teoria Geral da Relatividade, no início do século XX. Segundo o físico alemão, corpos muito massivos possuem forte campo gravitacional, capaz de desviar até mesmo raios luminosos, realizando o mesmo papel de uma lente comum.

A constatação desta teoria foi em parte feita no Brasil, em Sobral (CE), durante experiência coordenada pelo britânico Arthur Eddington em 1919, um dos maiores entusiastas das ideias de Einstein. O desvio de estrelas, maior do que o previsto pela teoria anterior sobre gravitação, do inglês Isaac Newton, foi usado como uma das primeiras provas para as previsões do físico alemão.

Fonte: G1

18 agosto 2010

Brilho de nebulosa desafia astrônomos

O brilho de uma nebulosa na constelação do Touro está desafiando os pesquisadores.

É possível notar a presença de um "v" invertido no topo da nebulosa,
que intriga os astrônomos. (Foto: NASA / ESA / Hubble / R. Sahai / JPL)
Eles não conseguiram identificar o que ilumina a pequena nebulosa IRAS 05437+2502 que tem uma extensão aparente de 1/18 de uma lua cheia.

A região contém um berçário de estrelas e foi fotografada pelo Hubble.

04 agosto 2010

Frequência de brilho de aurora em Saturno é descoberta

Um estudo divulgado pela Universidade de Leicester, na Inglaterra, descobriu a frequência do brilho da aurora observada no pólo norte de Saturno, conforme artigo a ser publicado na próxima edição do Geophysical Research Letters.

O planeta, assim como todos os astros magnetizados, emite ondas de rádio ao espaço a partir das regiões polares, a cada 11 horas. O período era tido como medida da rotação de Saturno, porém com o passar dos anos desde o final da década de 1980, as emissões variaram e desde então os astrônomos se esforçam para descobrir a fonte do fenômeno.

No caso do segundo gigante gasoso do Sistema Solar, o estudo mostrou que a luz proveniente da aurora também é intensificada no mesmo intervalo de tempo. O trabalho utiliza imagens capturadas pelo Telescópio Espacial Hubble, da Nasa, entre 2005 e 2009.

Imagem obtida em 2009 pelo Telescópio Espacial Hubble a partir de luz ultravioleta revela aurora no pólo norte de Saturno. (Foto: Jonathan Nichols / NASA / ESA / University of Leicester)
"A descoberta é importante por duas razões: primeiro, é um elo a muito tempo suspeitado entre emissões de rádio e auroras; segundo, por prover uma ferramenta para entender a alteração na frequência nesses sinais emitidos por Saturno", explica Jonathan Nichols, pesquisador da universidade britânica e coordenador do estudo que contou com astrônomos

Auroras são fenômenos observados após o afunilamento de partículas carregadas, oriundas do espaço, no campo magnético dos planetas por meio dos pólos. A descarga pode ser causada tanto pelo comportamento do Sol como de satélites de astros grandes como Io, de Júpiter, e Enceladus, de Saturno.

Segundo Nichols, a descoberta pode apresentar uma solução para o mistério da variação na emissão de ondas de rádio no sexto planeta do Sistema Solar e aprimorar os estudos da sonda Cassini, das agências espaciais norte-americana e europeia, que orbita Saturno.

Fonte: G1

25 maio 2010

Sistema de planetas fora do eixo desafia astrônomos

Astrônomos descobriram um sistema planetário que derruba a teoria, aceita até hoje, de que todos os planetas orbitam sua estrela-mãe em um mesmo plano, como ocorre no nosso Sistema Solar.

A descoberta, apresentada nesta segunda-feira (24) no 216º encontro da Sociedade Astronômica Americana, em Miami, terá impacto nas teorias sobre a formação dos sistemas e indica que eventos podem alterar a órbita dos planetas.

Concepção artística mostra que os planetas "c" (em azul) e "d" (em vermelho),
em torno da estrela Upsilon Andrômeda, orbitam em planos diferentes (Foto: Divulgação)
O achado foi feito a partir de dados dos telescópios espaciais Hubble e Hobby-Eberly, além de outros situados na Terra.

Há mais de uma década, os astrônomos sabiam da existência de três planetas com tamanho similar ao de Júpiter na órbita da estrela branco-amarelada Upsilon Andrômeda, parecida com o nosso Sol, há 44 anos-luz de distância.

A equipe descobriu que as órbitas de dois dos planetas do sistema, o "c" (em azul, na imagem acima) e o "d" (em vermelho), estão a 30 graus de inclinação uma em relação à outra. Essa inclinação poderia ter sido causada por diferentes eventos, como a ejeção de um planeta ou o rompimento de uma eventual companheira da estrela-mãe.

Estudo sobre o assunto será publicado por uma equipe liderada por Barbara McArthur, da Universidade do Texas, e Rory Barnes, da Universidade de Washington, na edição do dia 1º do "Astrophysical Journal".

Fonte: CUB

24 maio 2010

Estrela que está "engolindo" planeta é indentificada

Imagem do Wasp-12 baseada em análises das informações coletadas pelo Hubble
O Telescópio Espacial Hubble descobriu sinais de que uma estrela semelhante ao nosso Sol está lentamente "devorando" um planeta próximo, longe do Sistema Solar.

Astrônomos já haviam concluído que estrelas são capazes de engolir planetas que as orbitam, mas esta é a primeira vez que o fenômeno é constatado tão claramente.

Embora o planeta esteja longe demais para ser fotografado pelo telescópio, os cientistas criaram uma imagem dele baseada em análises das informações coletadas pelo Hubble.

A descoberta foi divulgada na publicação científica The Astrophysical Journal Letters.

Os pesquisadores dizem que o planeta, chamado Wasp-12b, pode ainda existir por mais dez milhões de anos antes de ser completamente engolido por seu sol, o Wasp-12.

O planeta está tão próximo da estrela que completa uma órbita em apenas 1,1 dia terrestre e tem temperaturas em torno dos 1.500º C.
Atmosfera "vazando"

A grande proximidade entre o Wasp-12b e a estrela levou a atmosfera do planeta a se expandir a um raio três vezes maior que a de Júpiter. Material proveniente dela está "vazando" para a estrela.

"Nós vimos uma nuvem imensa de material em torno do planeta que está escapando e será capturada pela estrela", disse a astrônoma Carole Haswell, da Open University, na Grã-Bretanha. Ela lidera a equipe de especialistas que identificaram o fenômeno.

A detecção da nuvem pelo Hubble permitiu que os cientistas tirassem conclusões sobre como ela foi gerada.
"Identificamos elementos químicos nunca vistos antes em planetas fora no nosso Sistema Solar."
A Wasp-12 é uma estrela-anã localizada na constelação de Auriga (também conhecida como Cocheiro). O Wasp-12b havia sido descoberto em 2008.

Fonte: Uol Ciência e Saúde

20 maio 2010

Hubble flagra planeta sendo "cozido"

O telescópio espacial Hubble flagrou um planeta que está sendo cozido pelo seu sol.

A observação foi realizada por um novo instrumento acoplado ao Hubble, o Espectrógrafo de Origens Cósmicas.

O planeta em questão, chamado Wasp-12b, está muito próximo da estrela. A proximidade aumenta a temperatura do planeta a valores gigantes (1.400 ºC) e distorce sua forma devido à enorme força gravitacional da estrela. Wasp-12b é o mais quente planeta conhecido da Via Láctea.

Ilustração de planeta Wasp-12b sendo cozido
por sua estrela. (Foto: NASA/ESA/G. Bacon)
O planeta e a estrela estão trocando matéria. Esse efeito é frequente entre sistemas binários, mas essa é a primeira vez em que o fenômeno é visto tão nitidamente.

O planeta poderá ser engolido completamente nos próximos 10 milhões de anos.

Wasp-12b é uma anã amarela e está localizada a cerca de 600 anos-luz da Terra. O planeta foi descoberto em 2008.

Os resultados da observação foram publicados na revista especializada "The Astrophysical Journal Letters".


Fonte: Folha Online

11 maio 2010

Hubble encontra estrela em fuga

Quando uma estrela resolve fugir de casa, ela o faz em grande estilo. Que o diga o astro recém-flagrado fugindo da nebulosa 30 Doradus, zunindo rumo ao espaço a 400 mil quilômetros por hora -- velocidade que levaria um ser humano à Lua e de volta à Terra em duas horas.

A descoberta foi feita por astrônomos liderados por Chris Evans, do Observatório Real de Edimburgo (Reino Unido), usando três telescópios -- entre eles o Hubble. O grupo calcula que a estrela já esteja a 375 anos-luz de seu lar, um aglomerado estelar chamado R136. Um ano-luz é a distância que a luz percorre em um ano, viajando a 300 mil quilômetros por segundo.
Imagem do telescópio Hubble mostra a nebulosa de Doradus.
No detalhe, a estrela em fuga (Foto: ESA/NASA)

Há duas maneiras de provocar a fuga de uma estrela. Ela pode encontrar duas irmãs mais maciças em um aglomerado denso e ser chutada para fora, como num jogo de fliperama. Ou pode ser expulsa pela explosão de uma supernova, se fizer parte de um sistema binário.

A estrela flagrada pelos britânicos provavelmente pertence à primeira categoria. "Supõe-se que o aglomerado R136 seja jovem o suficiente para que suas estrelas mais maciças ainda não tenham explodido como supernovas", diz Danny Lennon, do Space Telecope Institute.

A descrição da fujona é apresentada por Evans e colegas na edição de 5 de maio do periódico "Astrophysical Journal Letters".

Fonte: Folha Online

 
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