05 setembro 2009

Galáxia Andrômeda está se comportanto como canibal

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Astrônomos do mundo inteiro já suspeitavam que a galáxia vizinha de Andrômeda tinha um apetite voraz. Aglomerados de estrelas e mesmo outras galáxias menores deveriam ser devoradas de tempos em tempos. Isso porque a nossa própria Galáxia também é.

Várias evidências mostram que a Via-Láctea já devorou e está devorando algumas de suas galáxias satélites. Se Andrômeda é tão parecida assim com a Via-Láctea, ela deveria fazer o mesmo.

A dificuldade no caso é a distância. Nossas vizinhas mais próximas estão a algumas centenas de milhares de anos-luz. É bem mais fácil vê-las e identificar quando uma delas está sendo digerida. Já Andrômeda está a 2,5 milhões de anos luz!

Então a fórmula é a seguinte: pegue um grande telescópio e passe noites e noites observando, de preferência como parte de um grande projeto de estudo. Ao final de meses de esforço, pode ser que aparareçam as evidências que todos procuram.

Foi o que aconteceu com o pessoal do PandAS (sigla de Pesquisa Arqueológia Panorâmica de Andrômeda, em inglês). Após um tempão de esforços concetrados para montar mapas de Andrômeda usando um telescópio de 4 metros no Havaí, o grupo achou evidências de que uma pobre galáxia vizinha estava sendo engolida. E mais, a galáxia do Triângulo já tinha perdido milhões de suas estrelas!

Eventos como esses são relativamente comuns no universo. Sabe-se, por meio de observações e simulações, que esses choques e ações de canibalismo provocam mudanças profundas nas duas galáxias. Se a diferença de massas for muito grande, como no caso de Andrômeda e Triângulo, a menorzinha é agregada e a maior quase nem sente diferença. Mas quando a diferença não é tão grande, uma deforma a outra e o resultado final é, em geral, uma galáxia elíptica gigante. Mas em ambos os casos, nada de explosões espetaculares. A distância entre as estrelas nas galáxias é muito grande, a probabilidade de haver colisões é muito pequena.

Um choque de gigantes é esperado para alguns bilhões de anos, por aqui. Isso porque, não satisfeita com suas pequenas vítimas, Andrômeda se aproxima da Via-Láctea a uma velocidade de quase 100 quilômetros por segundo. Nesse caso haverá uma verdadeira briga, pois as duas galáxias têm massas e tamanhos quase iguais e o resultado final deve ser mesmo uma elíptica gigante.

Quando Andrômeda estiver próxima de nós, quem estiver por aqui deve ver algo parecido com esta ilustração. Muito tempo depois, aquela faixa no céu que chamamos de Via-Láctea deve desaparecer e será apenas uma recordação nos registros de uma civilização antiga.

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