10 abril 2009

Imperdível! Revelações inéditas da Área 51

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Fonte: Los Angeles Times
 
 
Estrada para a Área 51 em Nevada
Depois de décadas negando a existência de facilidades, cinco ex-membros da área 51 resolvem falar.

A Área 51 é a instituição militar mais famosa no mundo e que não existe oficialmente, e se existisse, seria encontrada a aproximadamente 100 milhas de Las Vegas no alto deserto de Nevada, perto de uma base da força aérea e um campo de testes nucleares abandonado. Então novamente, ela existe fisicamente, mas não oficialmente. O governo norte-americano se recusa a falar sobre ela, ninguém pode dirigir em nenhum lugar perto dela, e até pouco tempo atrás, o espaço aéreo sobre esta área era restrito de todas as formas. Qualquer menção a Área 51 obtém respostas de documentos oficiais, até mesmo dos que foram desclassificados durante décadas.

A Área 51 se tornou o Santo Graal da teoria da conspiração, com posições de ufólogos que o Pentágono e os engenheiros que estudam a reengenharia dos discos voadores mantêm seres extraterrestres armazenados em congeladores. Lendas urbanas afirmam que a Área 51 está conectada por túneis subterrâneos e que possui um sistema ferroviário secreto para outras instalações militares no país. Em 2001, Katie Couric contou a um programa de TV que sete por cento dos americanos duvidam que o pouso a lua aconteceu, e que este fato foi produzido no deserto de Nevada. Milhões de fãs da ufologia acreditam que a verdade pode estar lá fora no universo, mas o mais provável é que esta pode estar escondida dentro dos hangares da Área 51, edifícios gigantescos que foram confirmados através do Google Earth e o governo se recusa a reconhecer.

O problema é que os mitos da Área 51 são duros de serem comprovados, já que ninguém pode falar sobre as coisas que de fato aconteceram lá dentro, mas agora, alguém está pela primeira vez pronto, de fato, para falar. São cinco homens, e suas histórias rivalizam com o mais ultrajante dos rumores. O Coronel Hugh “Slip Slater", de 87 anos de idade, era o chefe da Área 51 nos anos sessenta. Edward Lovick, de 90 anos, estrelou o episódio "Que Avião"? Num evento ocorrido em março em Los Angeles, onde durante três décadas testou radares com as mais famosas aeronaves do mundo, inclusive o U-2, o A-12 OXCART e o F-117. Kenneth Collins, com 80 anos, é um piloto de teste da CIA, e recebeu o prêmio militar chamado de "A Estrela Prateada". Thornton mais conhecido com T.D. Barnes, tem 72 anos, e foi um engenheiro de projetos especiais da Área 51, e finalmente Harry Martin, com 77 anos, que foi um dos homens responsáveis pelo suprimento de combustíveis da base para o desenvolvimento de aviões espiões. Publicaremos algumas de suas melhores estórias neta matéria.

Collins foi um dos que voaram o espaço aéreo restrito da Área 51 em um avião espião ultra secreto no dia 24 de maio de 1963, conhecido como OXCART, e construído pela Lockheed. Ele estava voando sobre Utah quando a aeronave sacudiu e sofreu um acidente causando um estrondo. Ele saiu do avião porque foi lançado para fora deste e reapareceu num campo cheio de ervas daninhas.

Quase 46 anos depois, no final do outono de 2008, sentado num bar no vale de San Fernando, Collins se lembra daquele dia nitidamente e da ameaça de uma brecha a segurança nacional: "Três sujeitos vieram até onde ele estava dirigindo uma pick-up. Eu vi que eles estavam com a cobertura do teto da aeronave na parte de trás do veículo. Eles também se ofereceram para me levar até meu avião". Até aquele momento, nenhum civil sem uma autorização da segurança ultra secreta tinha visto avião que Collins estava usando. "Disse-lhes para que não fossem perto da aeronave. Disse ainda que havia uma arma nuclear a bordo". A história se ajustou direitinho ao espírito de Guerra Fria do dia, porque muitos testes atômicos aconteceram em Nevada. Spooked foi a pessoa que levou Collins até a patrulha da rodovia local. A CIA disfarçou o acidente dizendo que o avião que sofreu o acidente era um avião genérico da força aérea, o F-105 que é como o evento ainda está registrado nos arquivos oficiais.

Os sujeitos que socorreram Collins ficaram sabendo demais e tiveram de assinar documentos confidenciais para que se fosse mantida a segurança nacional, como parte do próprio relato da missão de Collins. A CIA pediu para que o piloto jamais contasse a verdade a respeito daquela estória. "Eles ainda quiseram verificar se havia alguma coisa que tivesse esquecido sobre a estória combinada sobre aquele acidente". A experiência do Penta Thal de sódio ficou sem nenhuma pista, exceto devido a reação de sua esposa Jane.

"Na tarde domingo, três agentes da CIA me trouxeram para casa. Uma pessoa dirigiu meu carro; e outras duas me carregaram para dentro e me colocaram no sofá. Estava completamente dopado. Eles deram as chaves do carro para Jane e partiram sem dizer uma palavra". A única conclusão que Jane poderia ter era que seu marido tinha saído e se embebedado. "Meu Deus! Como Jane ficou furiosa!", disse Collins sorrindo.

Na época do acidente de Collins, os pilotos da CIA já tinham pilotado aviões espiões nos arredores da Área 51 durante oito anos, com a missão expressa de prover inteligência para prevenir a guerra nuclear. O reconhecimento aéreo era um dos principais esforços de prevenção da CIA, enquanto o resto da América construía abrigos contra bombas esperando dias melhores.

"O nome Área 51, jamais existiu" disse Lovick, o físico que desenvolveu a tecnologia de defesa. O seu chefe, foi o legendário projetista de aviões Clarence L. Kelly Johnson, chamado da Fazenda do Paraíso para o local secreto, deixando sua família para passar aperto no deserto de Nevada em nome da ciência e da briga contra o império do mau. O “piloto de teste Tony LeVier encontrou o lugar voando por cima dele,” disse Lovick. "Era um lago conhecido por Lago da Noiva, escolhido para testes porque era plano e longe de qualquer coisa. Foi mantido secreto porque a CIA testou os aviões U-2s lá".

Quando Frances Gary Powers foi atirado sobre Sverdlovsk, na Rússia, em 1960, o programa U-2 perdeu seu status de confidencial. Mas a CIA já tinha Lovick e quase 200 cientistas, engenheiros e pilotos que trabalhavam na Área 51 no projeto do A-12 OXCART que iria se esconder dos radares soviéticos usando altura, cautela e velocidade.

O Coronel Slater era um dos seis pilotos que voaram em missões do A-12 OXCART durante a Guerra do Vietnã. Se deliciando com um sanduíche de queijo no restaurante Bahama Brisa fora de Las Vegas, ele disse, "Fui recrutado para a Área depois de trabalhar com o Esquadrão classificado pela CIA de Gato Preto que voou durante as missões do U-2 em cima do território negado no Continente chinês. Depois disso, me falaram o seguinte: "você deveria sair de Nevada e trabalhar em algo interessante que nós estamos fazendo lá fora."

Embora Slater se considere um piloto de caças por vocação, pois ele voou em 84 missões durante a segunda guerra mundial, a oportunidade de trabalhar na Área 51 não poderia ser desperdiçada. "Quando fiquei sabendo sobre esta aeronave de Mach-3 chamada de OXCART, estava completamente intrigado com a idéia de voar três vezes a velocidade do som! Ninguém soube nada sobre o programa. Perguntei para minha esposa, Barbara, se ela queria se mudar para a Las Vegas, e ela disse que sim. E eu disse: "Você não me verá mais nos fins de semana", e ela disse, "Tudo bem!” Desta lembrança, Slater ri cordialmente. Barbara, jantando comigo, risos como de costume. Os dois são casados há 63 anos, é raramente se separam hoje em dia.

"Nós não poderíamos contar nada disso há um ano," Slater disse. "Agora nós não podemos falar disso ligeiramente". Isso porque em 2007, a CIA começou o programa de abertura do projeto OXCART, devido a sua idade de 50 anos. Hoje, existem várias testemunhas oculares devido a abertura das informações. Apenas alguns dos participantes originais estão vivos. Dois deles além de Slaters almoçaram comigo. Barnes, que antigamente foi engenheiro de projetos especiais da Área 51, com sua esposa, Doris; e Martin, um dos administradores das misturas de combustíveis dos jatos, especialmente do projeto OXCART, (o combustível normal explode a uma altura extrema, devido a temperatura e velocidade), com sua esposa Mary. Porque os homens prometeram e juraram segredo durante tantas décadas, as esposas deles até hoje se surpreendem com os segredos revelados.

Barnes estava casado com 17 anos (Doris tinha 16 anos) e para sustentar sua esposa ele se tornou um técnico de conserto eletrodomésticos, pois comprava televisões quebradas, arrumava-as e revendia-as por cinco vezes a mais que o preço original. Ele vivia numa pobreza extrema num rancho em Panhandle no Texas, sem eletricidade e sem condições de comprar para sua noiva a casa de seus sonhos antes de atingir os 18 anos de idade. Como soldado na Guerra coreana, Barnes demonstrou uma aptidão misteriosa para lidar com radares e com sistemas eletrônicos que moviam os mísseis e este foi o objetivo principal por ele ter sido recrutamento pela CIA quando ele tinha 22 anos. Aos 30 anos, ele estava controlando os segredos nucleares dos EUA.

"A agência localizou os melhores sujeitos em cada campo e nos reuniu para os programas da Área 51," disse Barnes. Como uma precaução de segurança, não pôde revelar o seu nome de nascimento. Colegas de trabalho viajavam em carros separados, helicópteros e aviões, mas Barnes e o seu grupo sempre ficaram juntos, até mesmo nas horas das brincadeiras. "Nosso grupo de projetos especiais era o time mais qualificado desde o Projeto Manhattan," ele disse.

A especialidade de Harry Martin era combustíveis. Escolhido a dedo pela CIA e força aérea, ele fez vários testes físicos e psicológicos rigorosos para verificar se ele estava apto para o trabalho. Quando ele passou, a CIA mudou sua família para Nevada. Devido o OXCART ter que reabastecer com freqüência, a CIA guardou materiais em instalações secretas ao redor do globo. Martin viajava freqüentemente para estas bases a fim de fazer verificações de controle de qualidade. Ele nos contou também que preparou uma missão ultra secreta da Área 51 para Thule, em Greenland."Minha esposa deu uma olhada para mim vestido de botas estranhas e com um casaco coberto grande, e não soube perguntar para onde eu ia".

E os boatos urbanos que os OVNIs são estudados em segredo e de que existem túneis subterrâneos que conectam instalações clandestinas? Durante décadas, os homens da Área 51 pensavam que eles levariam os segredos para sua sepultura. Na plenitude da Guerra Fria, eles cultivaram o anonimato enquanto tocavam alguns dos projetos mais secretos do país. Teorias de conspiração ficaram na imaginação popular, mas quando falamos com Collins, Lovick, Slater, Barnes e Martin, ficou claro que havia bastante folclore nestes boatos comparando-se com a realidade.

Satisfazendo a curiosidade dos mitos da reengenharia ou engenharia reversa dos discos voadores, Barnes nos contou alguma coisa: "Nós realmente fizemos reengenharia ou engenharia reversa de muita tecnologia estrangeira, inclusive desmontamos um caça MiG soviético fora da Área 51"— O MiG não tinha a forma de um disco voador. Quanto ao papo sobre túneis subterrâneos, este é verdade. Barnes trabalhou em um programa de montagem de um foguete nuclear chamado Projeto NERVA, dentro de câmaras subterrâneas na Área 51. "Três instalações de testes estavam conectadas através de via férrea, mas o resto do projeto era no subsolo," ele disse.

E a requintada conspiração da Área 51? Aquela que diz que o Pentágono mantém nave extraterrestre que foi capturada? E que ainda afirma que os extraterrestres voam pelo espaço aéreo restrito da Área 51? São fatos que qualquer um pode facilmente desbancar. O formato do OXCART era a de um largo disco achatado com uma fuselagem projetada para levar quantidades enormes de combustíveis. Os pilotos comerciais que viajavam ao entardecer pelos céus de Nevada observariam e veriam o barulho e o fundo do OXCART voando a mais de 2.000 milhas por hora. O corpo de titânio da aeronave, se movia tão rápido quanto a uma bala, e refletiria os raios do sol, e isso poderia fazer qualquer um pensar que viu um OVNI, de certo modo.

Ao todo, foram feitos 2.850 testes de vôos do OXCART fora da Área 51 enquanto Slater foi o encarregado. "Isso é: Foram muitos avistamentos de supostos OVNIs! ironizou Slater. Claro que os pilotos comerciais teriam que informá-los ao FAA, quando eles pousassem na Califórnia, e também é claro que estes supostos OVNIs seriam reconhecidos pelos agentes do FBI que fariam com que estes pilotos assinassem documentos a fim de manter sigilo. Mas nem todo o mundo ficou calado, conseqüentemente foi o nascimento da Área 51 interligado com visitas e avistamentos de OVNIs. Os avistamentos provocaram um alvoroço em Nevada e nas áreas circunvizinhas forçando a força aérea a abrir o Projeto BLUE BOOK para o público.

Então o governo teve de revelar alguns funcionários da força aérea que participavam do Projeto OXCART (embora fosse um projeto em comum da CIA e da USAF), muitas avistamentos de OVNIs causaram alarmes internos do exército. Alguns generais acreditaram que os russos poderiam estar enviando aeronaves de defesa sobre os céus americanos a fim de incitar paranóia e criar pânico difundido uma invasão extraterrestre. Hoje, as conclusões do Projeto BLUE BOOK estão guardadas em alguns metros cúbicos de arquivos no prédio onde ficam os arquivos nacionais — São 74.000 páginas de relatórios. Não há uma palavra de busca que leve ou faça menção ao projeto ultra secreto OXCART ou Área 51.

O Projeto BLUE BOOK foi fechado em 1969 — Mais de um ano depois que OXCART foi aposentado. Mas os mistérios que continuam nas instalações militares mais clandestinas da América poderia levar mais outros 40 anos para serem descobertos.


ANNIE JACOBSEN é uma jornalista investigativa que já fez mais de 500 entrevistas depois que ela esclareceu a história dos terroristas que sondavam os aviões comerciais. Quando ela não está envolvida em assuntos ligados a inteligência Nacional, ela monta LEGOS junto com os seus dois filhos.

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