Uma equipe internacional de cientistas observou como o buraco negro supermassivo da Via Láctea, com uma massa 4 milhões de vezes maior que a do Sol, segue devorando matéria no centro da galáxia. A descoberta foi anunciada pelo Centro Superior de Pesquisas Científicas da Espanha (Csic).
Os pesquisadores detectaram intensos brilhos de Sagittarius A (SgrA), o buraco negro supermassivo, situado no centro da galáxia, a 26 mil anos-luz da Terra, que revelariam a existência de nuvens de gás desgarradas ao girar em grande velocidade ao redor da formação espacial.
Concepção artística mostra nuvens de gás em torno de buraco negro; formação continua devorando matéria no centro da galáxia
Buracos negros são formações espaciais com enorme força gravitacional. Tanto que nada, nem mesmo a luz, pode escapar de sua ação. Por isso é que essas regiões ganharam tal nome.
A descoberta foi feita por meio dos telescópios VLT e Apex, que captam ondas infravermelhas e submilimétricas, respectivamente. Trata-se da primeira vez que são obtidas medidas simultâneas de uma fulguração com estes instrumentos
"O SgrA é visível na luz infravermelha durante curtos períodos de tempo, quando exibe fortes brilhos. Como não se pode prever quando ocorrerão estas fulgurações, não é fácil observá-las com dois telescópios que não estejam no mesmo lugar, porque uma simples nuvem poderia tapar a região do céu que interessa", explica Rainer Schödel, do Instituto de Astrofísica da Andaluzia, no sul da Espanha.
Após várias noites de espera, os astrônomos encarregados do VLT descobriram que o SgrA se ativava e que seu brilho aumentava a cada minuto. Eles alertaram seus colegas do Apex e, durante as seis horas seguintes, todos observaram violentas variações no brilho de SgrA, além de quatro fulgurações maiores.
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