14 novembro 2008

Astrônomo diz que círculo em plantação em Ipuaçu é brincadeira

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Fonte: Zero Hora

Foto por Júlia Cardoso

Luzes vistas por moradores no céu podem ser várias coisas, segundo pesquisador da UFSC

Uma brincadeira. Foi assim que o presidente do Grupo de Estudos de Astronomia da Universidade Federal de Santa Catarina (GEA-UFSC), Adolfo Stotz Neto, classificou os círculos de 20 metros de diâmetro que apareceram em uma lavoura de trigo no município de Ipuaçu, no Oeste do Estado, no domingo.

Alguns moradores da cidade de 6,5 mil habitantes estão assustados e acreditam que o fato esteja relacionado com a passagem de extraterrestres na região. Outros dizem ter visto luzes entre a madrugada de domingo.

De acordo com Stotz Neto, a brincadeira de desenhar formas em plantações de trigo, cevada ou soja surgiu na década de 80, na Inglaterra e na Escócia.

— Chegaram a desenvolver desenhos elaboradíssimos, belíssimas obras de arte —conta o astrônomo, que diz que os desenhos podem ser feitos facilmente com uma corda, uma estaca e uma tábua, em menos de uma hora — Você centra a estaca, faz o comprimento da corda e vai amassando com a tábua. Anos depois as pessoas confessaram a brincadeira — afirmou.

Stotz Neto disse ainda, em entrevista à rádio CBN/Diário, que ver luzes no céu e dizer que é um disco voador é um absurdo. Segundo ele, pode ser uma brincadeira de alguém ou um fenômeno da natureza.

— Qualquer coisa que você não conheça e assista pela primeira vez te assusta. Basta o primeiro gaiato dizer que foi um ET que todo mundo que vem atrás vai dizer que foi um ET — disse o pesquisador.

O astrônomo acredita que pode haver civilizações em outros lugares do universo, pois há milhões de galáxias e bilhões de estrelas. Fazer contato, no entanto, é outra história, segundo Stotz Neto, que questiona ainda os motivos para que um extraterrestre venha para a Terra.

— Ninguém vai viajar 1,6 milhão de anos para fazer um círculo numa plantação de trigo e ir embora. Eu conversaria com o Barack Obama, com o Silas do Avaí — brinca o astrônomo, que fez o cálculo de acordo com a distância aproximada da estrela mais próxima do Sol com uma velocidade de 70 mil quilômetros por hora, que, segundo ele, é atingida por uma espaçonave não-tripulada da Nasa.

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